O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 5,3 pontos na passagem de dezembro de 2021 para janeiro, para 76,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível do índice desde agosto de 2020, quando, ainda no início da retomada da economia após o fundo do poço dos primeiros meses da pandemia, ficou em 74,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 3,6 pontos.

A FGV destacou que foi o terceiro mês de queda no IAEmp, no fim de 2021, após longo período de recuperação do emprego. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do trimestre móvel até novembro mostraram que, em termos quantitativos, o mercado de trabalho voltou ao nível da antes da pandemia.

“A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no 4ºtrimestre com o surto de Ômicron e Influenza que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador. Tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”, diz a nota da FGV.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante: quanto maior o nível, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em janeiro, todos os sete componentes do IAEmp contribuíram para a queda. Segundo a FGV, o destaque foi o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que contribuiu -1,6 ponto na variação agregada do IAEmp no mês.

Em seguida, pesaram no resultado os indicadores que medem a Tendência dos Negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses (Emprego Previsto), ambos no setor de Serviços, que contribuíram -1,0 e -0,9 ponto para a variação agregada do IAEmp.