01/09/2017 - 16:03
Ocupante da cadeira número 4 da Academia Brasileira de Letras, o poeta Carlos Nejar – candidato ao Prêmio Nobel de Literatura 2017- recebeu na noite dessa quinta-feira (31), em Brasília, o título de membro honorário da Academia de Letras de Brasília (ALB). A cerimônia ocorreu na embaixada de Portugal, em Brasília.
O presidente de honra da ALB, José Carlos Gentili, disse que Carlos Nejar não é apenas um dos maiores expoentes da literatura do Brasil, mas também “um dos 37 maiores poetas vivos do mundo”.
O poeta teve o nome recomendado ao Prêmio Nobel de Literatura pela Academia Brasileira de Letras, que é credenciada pela Academia Sueca (Svenska Akademien), em Estocolmo, Suécia, para fazer as indicações ao prêmio.
“Fiquei honrado com a indicação [ao Prêmio Nobel], mas a minha obra é que tem que falar por mim porque creio no poder da palavra”, disse o poeta no discurso.
Obra
Gentili lembrou ainda, durante a cerimônia, que Carlos Nejar é um “verdadeiro gênio vivo” da poesia contemporânea, lido e estudado nos mais diversos centros linguísticos e literários do mundo. Citou o livro Somos Poucos, traduzido em francês, como uma das principais obras do homenageado. E acrescentou que Nejar acaba de lançar Monumento ao Rio Doce, também traduzido em inglês, que fala sobre a destruição causada pelo rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG), que causou o maior desastre ambiental do Brasil.
Corrupção
Em uma referência à corrupção, noticiada diariamente nos jornais e emissoras de rádios e televisão, Carlos Nejar disse, no discurso de posse, que nunca desistiu do Brasil. Afirmou que jamais deixou de reconhecer a grandeza brasileira, mesmo que alguns tentem “encolher” o país.
Ele acrescentou que o Brasil “há de ser cada vez mais prezado entre as nações, seu caminhar não recua, seu vigor não envelhece, sua cultura e arte [continuarão] a ser das mais altas do mundo”.