Por Zarir Hussain

GUWAHATI, Índia (Reuters) – A Índia realizou ritos funerários nesta segunda-feira para 14 civis mortos por engano pelas forças de segurança do país em Nagaland, um Estado do nordeste, em meio a uma vigilância intensa e blecautes esporádicos da internet que visaram conter a revolta na região remota.

Autoridades de segurança e do governo dizem que 13 membros da etnia konyak predominante na região e um segurança morreram no sábado depois que as forças localizadas no Estado fronteiriço confundiram um grupo de trabalhadores com militantes e abriram fogo.

Outro membro do grupo étnico foi morto durante protestos contra as mortes no domingo, o que levou o governo a iniciar um inquérito, e policiais e autoridades intensificaram patrulhas antes dos últimos ritos.

Centenas de pessoas depositaram coroas de flores nos caixões dos mortos, alinhados em um parque de diversão. O ministro-chefe do Estado, Neiphiu Rio, comandou um velório em massa no distrito de Mon, o local do incidente.

“A morte de civis inocentes é terrorismo, somos indianos, não terroristas”, dizia um cartaz nas proximidades.

Falando ao Parlamento, o ministro do Interior, Amit Shah, pediu paz em Nagaland. Ele disse que o governo “expressa remorso” pela perda de vidas de civis quando forças de segurança tentavam emboscar insurgentes.

Shah disse que se ordenou uma investigação para identificar brechas na estratégia de segurança agora que centenas de agentes patrulham Mon.

(Reportagem e redação adicional de Rupam Jain)

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