A Índia começou a testar entregas de pacotes por drones a dezenas de quilômetros de distância, o que abre o caminho para o envio de remédios e vacinas anticovid-19 para áreas remotas do país.

Desde maio, 20 empresas e organizações estão autorizadas a dirigir voos experimentais, além do limite de 450 metros estabelecido pelo governo indiano.

Entre as empresas, está a Throttle Aerospace Systems, que organizou na segunda-feira (21), no estado de Karnataka, voos de teste de dois drones. Um percorreu 20 km com uma carga de 1 quilo, e o outro, 15 km, com um pacote de dois quilos.

“A carga útil eram medicamentos (…) O drone percorreu 2,5 km em sete minutos, entregou os remédios no local previsto e depois voltou ao ponto de partida”, disse à AFP Sebastian Anto, cofundador da Throttle.

O governo também iniciou uma licitação pública para empresas de drones, com a ideia de criar um projeto de envio de produtos médicos para reforçar a campanha de vacinação contra o coronavírus.

O diretor de epidemiologia do conselho indiano de pesquisa médica, Samiran Panda, destacou que a tecnologia pode ajudar na vacinação dos grupos prioritários em áreas de difícil acesso.

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“A tecnologia dos drones terá um impacto enorme nas regiões afastadas”, disse Vipul Singh, cofundador da empresa Aarav Unmanned Systems e da Drone Federation of India, em Bangalore.

Com 1,3 bilhão de habitantes em um território de 3,2 milhões de quilômetros quadrados (o sétimo maior país em superfície do mundo), a Índia enfrenta uma onda agressiva de covid-19 e acumula mais de 388.000 mortes desde o início da pandemia.


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