A Índia superou nesta terça-feira a barreira de 20.000 mortes atribuídas oficialmente à pandemia do novo coronavírus, que continua em propagação no país e levou Mumbai a abrir quatro novos hospitais de campanha.

A epidemia é particularmente agressiva nas grandes cidades indianas de Mumbai, Nova Délhi e Madras.

De acordo com os especialistas, o pico da epidemia não será alcançado antes de várias semanas, apesar de dois meses de confinamento (do fim de março até o início de junho).

Na aglomeração de Mumbai, que representa sozinha quase 25% das 20.160 mortes por COVID-19 registradas na Índia, as autoridades inauguraram nesta terça-feira quatro hospitais de campanha adicionais – um deles com 700 leitos, construído em um hipódromo – para receber pacientes.

As novas infraestruturas acrescentam 3.500 leitos à megalópole de 20 milhões de habitantes, onde os hospitais tradicionais estão saturados há várias semanas pelo grande fluxo de enfermos.

O município reivindicou vários espaços públicos nos últimos meses para transformá-los em instalações de saúde.

A Índia se tornou na segunda-feira o terceiro país do mundo em número de casos declarados, superando a Rússia, atrás dos Estados Unidos e Brasil.

O país de 1,3 bilhão de habitantes tem, até o momento, 719.665 casos confirmados de COVID-19.

Apesar do fim do confinamento no início de junho, muitas restrições de saúde permanecem em vigor na segunda nação mais populosa do planeta.

Os voos internacionais estão proibidos desde março.