Por Rajendra Jadhav

MUMBAI (Reuters) – Refinarias indianas vêm reduzindo as compras de óleo de palma e aumentando as importações de óleo de soja e óleo de girassol depois que uma forte alta do produto reduziu seu desconto para os rivais, disseram autoridades da indústria à Reuters.

As compras reduzidas da maior importadora de óleo comestível do mundo podem pesar sobre os preços do palma, que caíram 10% da máxima recorde atingida no mês passado. Mas o movimento pode sustentar os futuros do óleo de soja dos EUA.

“As refinarias geralmente dão preferência ao óleo de palma, pois ele é comercializado com um desconto substancial para óleo de soja e óleo de girassol. Como não há quase nenhuma diferença de preço agora, eles estão mudando para óleo de soja e óleo de girassol”, disse Govindbhai Patel, diretor administrativo da trading G.G. Patel & Nikhil Research Company.

Tradicionalmente, o óleo de palma é responsável por dois terços das importações anuais de óleo comestível da Índia, de 13 a 15 milhões de toneladas.

Mas as refinarias indianas estão reduzindo as compras de palma depois de importar um recorde de 1,26 milhão de toneladas de óleo de palma em setembro, uma vez que o spread entre o óleo de palma e de soja diminuiu para 20 dólares por tonelada, ante 120 dólares um ano atrás, disseram os comerciantes.

O óleo de palma bruto está sendo oferecido por cerca de 1.395 dólares a tonelada, incluindo custo, seguro e frete (CIF), na Índia para embarques em dezembro, em comparação com 1.415 dólares para óleo de soja bruto e 1.445 dólares para óleo de girassol bruto, segundo traders.

A lacuna cada vez menor fez os compradores mudarem para o óleo de soja, que é considerado superior em sabor e qualidade ao de palma.

A Índia compra óleo de palma da Indonésia e da Malásia, e o óleo de soja é importado principalmente da Argentina e do Brasil, enquanto o óleo de girassol da Rússia e da Ucrânia.

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