Índia e Reino Unido assinam acordo de livre comércio em meio à tempestade tarifária

A Índia e o Reino Unido anunciaram um acordo de livre comércio nesta terça-feira (6), apresentado pelo governo britânico como o mais ambicioso desde o Brexit, após as negociações serem retomadas em fevereiro depois das primeiras ameaças tarifárias de Donald Trump.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou sua satisfação em um comunicado, ao chamar o acordo de “importante” para o Reino Unido e observar que seu país “voltou a ser um parceiro comercial atraente”, enquanto seu homólogo indiano, Narendra Modi, comemorou o acordo como um “marco histórico” entre as duas nações.

O Reino Unido e a Índia são, respectivamente, a sexta e a quinta maiores economias do mundo.

Para o governo trabalhista de Starmer, este acordo com a Índia é o mais importante assinado desde o Brexit, com um país que pode se tornar “a terceira maior economia do mundo em três anos”.

As negociações com a Índia foram retomadas em fevereiro, quando as relações transatlânticas já estavam sendo prejudicadas pelas ameaças de tarifas do presidente americano, Donald Trump.

Segundo o governo britânico, o acordo com a Índia aumentará o comércio bilateral em 25,5 bilhões de libras (cerca de US$ 33,9 bilhões ou R$ 191,5 bilhões).

O Reino Unido, que importa da Índia cerca de um terço a mais do que exporta, mantém fortes laços econômicos e culturais com sua ex-colônia, e 1,9 milhão de pessoas de origem indiana vivem em solo britânico.

O comércio entre os dois países representa mais de 40 bilhões de libras (cerca de US$ 53,17 bilhões ou R$ 300,4 bilhões) por ano, segundo o governo britânico.

As visitas turísticas, mas também profissionais ou educacionais, assim como serviços profissionais, representam uma parte importante do intercâmbio.

O Reino Unido também exporta metais não ferrosos, geradores e máquinas industriais para a Índia, enquanto o país asiático envia petróleo refinado, roupas e produtos farmacêuticos.

ode-zap/psr/mb/aa/jc

X