As duas Casas do Parlamento da Índia aprovaram uma nova lei de insolvência de falências, que busca permitir a liquidação mais rápida em companhias quando outra solução não for possível. Pela nova regulamentação, os credores precisam chegar a uma solução dentro de 180 dias, ainda que as negociações possam ser estendidas por mais 90 dias. Quando esse prazo se esgotar, a companhia entra em um processo de liquidação.

O economista Shilan Shah, da Capital Economics, viu a mudança como positiva, já que um relatório do Banco Mundial havia apontado que levava em média quatro anos e meio para um caso de falência terminar na Índia, mais que o dobro que em outras economias emergentes, como China, México e Rússia.

Há, porém, implicações financeiras potencialmente prejudiciais para investidores e credores. Os donos de empresas com casos de falência podem retomar o controle enquanto o processo judicial caminha, o que permitiria que eles retirem ativos da empresa com impunidade. É estimado que apenas 25% das dívidas sejam recuperadas pelos credores durante um processo de falência na Índia, a menor taxa de recuperação entre as principais economias emergentes.

Na Bolsa de Mumbai, o índice S&P BSE Sensex fechou em alta de 0,8%, em 25.790,22 pontos. O índice nacional Nifty 50 avançou 0,7%, para 7.900,40 pontos. O otimismo com a aprovação da nova lei de falências foi citada por agentes do mercado, já que isso ajudará os bancos a recuperar seu dinheiro mais rapidamente. As ações dos bancos se destacaram: ICICI Bank, o maior banco privado do país, avançou 3,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.