A manobra realizada pelo piloto holandês Max Verstappen, da Red Bull, contra a tentativa de ultrapassagem do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 na semana passada, não será reavaliada e o recurso da equipe alemã foi negado, informaram os comissários da FIA nesta sexta-feira.

Pressionado por Hamilton na volta 48, que tentava ultrapassá-lo pelo lado de fora da Curva 4 do autódromo de Interlagos, Verstappen reagiu agressivamente e empurrou o adversário britânico para fora da pista.

Os comissários da prova não consideraram necessário investigar o incidente, indicando que não foi um movimento ilegal.

Mas a Mercedes posteriormente solicitou a revisão, acrescentando que tinha “novas evidências que não estavam disponíveis para os comissários de corrida no momento de tomar sua decisão”.

Na quinta-feira, as duas equipes compareceram aos órgãos dirigentes, com a Mercedes adicionando imagens da câmera do carro de Verstappen.

Os comissários reconhecem que a sequência é “nova, não disponível no momento da decisão e relevante”, mas não “significativa”.

“Os analistas estimam que a sequência não mostra nada de especial que seja particularmente diferente dos outros ângulos disponíveis que modifique particularmente sua decisão, com base nas sequências iniciais”, acrescentaram.

“Nós esperávamos muito”, respondeu o chefe da equipe da Mercedes, Toto Wolff, em uma coletiva de imprensa após a decisão ser anunciada.

“Queríamos abrir as conversas sobre o assunto, porque provavelmente vai continuar nas três corridas restantes, então o objetivo foi alcançado”, acrescentou o austríaco, garantindo que o objetivo não era que a Red Bull fosse sancionada.

O chefe da Red Bull, Christian Horner, ao lado de Wolf na entrevista coletiva, disse que “é claramente a decisão certa”.

Hamilton é o segundo no Campeonato Mundial, 14 pontos atrás de Verstappen antes das últimas três corridas; Catar neste fim de semana, Arábia Saudita e Abu Dhabi.

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