Os graves incêndios continuavam em propagação neste sábado na Grécia pelo 11º dia consecutivo, destruindo florestas e áreas residenciais, com um balanço de dois mortos na sexta-feira e milhares de desabrigados.
Ao menos 1.450 bombeiros gregos, auxiliados por reforços de outros países, lutam contra cinco grandes incêndios: ao norte de Atenas, na ilha Eubeia, 200 km ao leste da capital, e três focos na península do Peloponeso, oeste do país.
Ao norte de Atenas, o fogo avançava no sentido leste e em direção ao lago de Marathon, a maior reserva de água da capital, depois de provocar a fuga de moradores de várias localidades. A fumaça dominou a capital durante a noite.
A rodovia que liga Atenas ao norte do país permanece fechada por precaução e os campos de migrantes próximos foram evacuados.
A polícia prendeu na sexta-feira duas pessoas acusadas por suposto incêndio doloso, segundo a agência de notícias grega ANA.
Na ilha Eubeia, mais de 1.300 pessoas foram retiradas de barco durante a noite da localidade costeira de Limni, cercada pelas chamas.
E mais de 20 pessoas foram retiradas neste sábado da praia de Rovies, na mesma ilha.
As autoridades locais pediram mais apoio aéreo para combater o incêndio.
“Quando terminar este verão de pesadelo, vamos reparar todos os danos o mais rápido possível”, afirmou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, à imprensa no quartel-general dos bombeiros de Atenas.
Ele prometeu priorizar “o reflorestamento das áreas queimadas”.
Na península do Peloponeso, centenas de hectares queimaram ao leste do sítio arqueológico de Olimpia e nas regiões de Mani e Mesenia.
Mais de 5.000 moradores e turistas foram obrigados a fugir da catástrofe de Mani, onde a prefeita Eleni Drakoulakou afirmou que 50% do leste da região turística montanhosa foi afetado pelas chamas.
