NÁPOLES, 17 JUL (ANSA) – A série de incêndios no centro e no sul da Itália fez uma vítima indireta nesta segunda-feira (17), aumentando para três o número de mortes causadas pelas chamas que atingem o país.   

Após duas pessoas terem falecido na região da Calábria, o “bico da bota”, na última quinta (13), um comerciante de 53 anos, Giovanni Battista Panico, morreu ao cair do teto de seu galpão na província de Nápoles, na Campânia.   

Ele havia subido na cobertura do armazém para fotografar os estragos feitos pelo fogo no local, mas acabou despencando no chão e batendo a cabeça. Quando o socorro chegou, Panico já estava sem vida. Seu objetivo era enviar as imagens para a companhia de seguros e obter uma indenização.   

Apenas nesta segunda, a Itália teve 31 pedidos de intervenção aérea para combater os incêndios, que são causados pelas altas temperaturas e pela secura do verão europeu, mas também por criminosos.   

Em Cilento, na província de Nápoles, um suposto piromaníaco romeno de 24 anos foi preso pela Polícia, enquanto uma pessoa foi detida acusada de botar fogo em um bosque do parque urbano de Castelfusano, no litoral da província de Roma. Nicola Zingaretti, governador da região do Lazio, onde fica a capital da Itália, anunciou que pedirá a declaração do estado de emergência. Já a prefeita de Roma, Virginia Raggi, disse que a situação no parque de Castelfusano é de “desastre ambiental”.   

Outras prisões também foram efetuadas na Sicília e na Puglia.   

Em Nápoles, a situação continua crítica no vulcão Vesúvio, para onde o Exército foi destacado para combater as chamas, e no bairro costeiro de Posillipo, um dos mais nobres da metrópole.   

(ANSA)