24/07/2018 - 12:53
Os violentos incêndios que deixaram dezenas de mortos perto de Atenas nas últimas horas figuram entre os mais violentos na Europa durante o século XXI.
A seguir, outros episódios que deixaram muitos mortos:
– Grécia em 2007 –
No final de agosto, 77 pessoas morreram em incêndios florestais sem precedentes, que queimaram 250.000 hectares no Peloponeso (sul) e na ilha de Evia (nordeste de Atenas).
Muitas vítimas faleceram quando tentavam fugir, tomadas de pânico, das localidades cercadas pelas chamas, que ameaçaram as ruínas de Olímpia.
Em 2012, cinco pessoas acusadas de terem responsabilidade nesses incêndios foram condenadas a dez anos de prisão sob sursis por um tribunal do Peloponeso: um subchefe de polícia, um ex-prefeito, o chefe dos bombeiros locais, um bombeiro e uma mulher acusada de provocar o incêndio quando cozinhava.
– Rússia em 2015 e 2010 –
Em 2015, 34 pessoas morreram nos incêndios que arrasaram 10.000 km2 na Sibéria desde meados de abril.
Deflagrados na Cacássia (sul siberiano), as chamas destruíram 2.000 casas, propagaram-se até a Mongólia, cerca de 200 quilômetros mais ao sul, de onde continuaram até alcançar quase a fronteira chinesa, segundo a seção russa do Greenpeace.
Cinco anos antes, em 2010, em meio a uma onda de calor e a uma seca sem precedentes, a parte ocidental do país foi devastada por incêndios que deixaram 60 mortos entre final de julho e final de agosto. Mais de um milhão de hectares de bosques e matas foram destruídos. Localidades próximas foram totalmente devoradas pelas chamas.
– Portugal em 2017 –
Um gigantesco incêndio florestal declarado em 17 de junho de 2017 deixou 64 mortos e mais de 250 feridos em Pedrógão Grande, no centro do país. Depois, espalhou-se para regiões próximas.
A maioria das vítimas morreu em seus carros, presos pelas chamas.
Em cinco dias, o fogo consumiu 46.000 hectares de bosque e mato.
Portugal já havia sido atingido por graves incêndios em 2003. Durante uma onda de calor, que durou semanas no sul e no centro do país, 20 pessoas morreram. Cerca de 425.000 hectares foram reduzidos a cinzas.
Em 1966, um incêndio no bosque de Sintra, ao oeste de Lisboa, provocou a morte de 25 militares que tentavam – em vão – combater as chamas.