A luta contra os incêndios continua na Grécia, nesta sexta-feira (25), pelo sétimo dia consecutivo, com uma situação difícil no norte do país e um balanço que chega a 21 mortos.

O incêndio mais intenso, que se espalha desde quinta-feira ao longo de uma frente de 15 quilômetros, afeta a região norte de Evros, perto da cidade portuária grega de Alexandrópolis e da fronteira com a Turquia.

Os bombeiros gregos informaram, nesta sexta, que encontraram o corpo de um homem nesta zona, a mesma onde foi encontrada, na segunda-feira, a primeira vítima dos incêndios da semana.

Os corpos de outras 19 pessoas, supostamente migrantes, incluindo duas crianças, também apareceram nesta mesma área.

A região de Evros é um ponto de entrada regular de migrantes procedentes da Turquia e, de acordo com os guardas de fronteira, pode haver mais demandantes de asilo presos no incêndio deflagrado no sábado.

Essa região é o ponto mais desafiador para os bombeiros, onde, dizem, estão com mais dificuldades para apagar as chamas.

“Infelizmente, Evros é a parte mais ativa de todos os incêndios que enfrentamos neste momento e, talvez, a seção mais complexa de hoje”, declarou o porta-voz dos bombeiros, Yiannis Artopios, à televisão pública ERT.

Perto de Atenas, “no Monte Parnes, não há nenhuma frente importante ativa no momento”, acrescentou Artopios.

Um terceiro incêndio varreu a região de Beocia, ao norte de Atenas, mas as condições melhoraram.

As autoridades acusaram incendiários de terem causado muitas das catástrofes dos últimos dias e abriram investigações envolvendo o Serviço Nacional de Inteligência e o Departamento de Prevenção de Incêndios, segundo o porta-voz dos bombeiros.

Em 2023, os incêndios, pelos quais o governo também responsabiliza a mudança climática, queimaram mais de 120 mil hectares no país, segundo estimativas do Observatório Nacional.

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