Incêndio no Copan: ‘Foi o maior susto’, diz chef do Bar da Dona Onça

“Contiveram, graças a Deus”, disse ao Estadão a empresária e cozinheira Janaína Torres, do Bar da Dona Onça. Recentemente eleita a melhor chef do mundo, ela relatou que os funcionários e clientes do restaurante estão bem após o Edifício Copan ser atingido por um incêndio na tarde desta quinta-feira, 3.

Fora do País, em Madri, na Espanha, para um compromisso profissional, Janaína afirmou que o restaurante sequer precisou ser inicialmente evacuado. “Foi em um bloco mais afastado”, apontou. “Mas foi o maior susto. Graças a Deus. Está tudo bem”, afirmou.

Os trabalhos do Corpo de Bombeiros seguem no local. O fogo teria atingido um andar alto da fachada frontal do prédio, voltada para a Avenida Ipiranga, na República, no centro de São Paulo.

O entorno do edifício ficou isolado. Com cerca de 115 metros de altura, tem 38 pavimentos, dos quais 32 reúnem mais de 1mil apartamentos. Há, ainda, restaurantes, lojas e escritórios. O Copan é um dos maiores símbolos de São Paulo.

Projetado por Oscar Niemeyer e Carlos Alberto Cerqueira Lemos, o edifício está em processo de restauro na fachada frontal. Há cerca de uma década, uma tela recobre o prédio para a proteção de transeuntes.

O Copan começou a ser construído em 1952, quando Niemeyer já era um arquiteto renomado. O nome é uma sigla para Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo, cuja proposta inicial incluía um hotel. O prédio começou a ser habitado em 1966, mas a obra foi totalmente concluída somente seis anos depois.

Ao longo dos anos 2000, teve problemas de manutenção da fachada, como infiltrações, queda de pastilhas, descaracterização, desprendimento de concreto e até exposição da armadura, o que foi constatado em laudos e até denunciado a órgãos de patrimônio.