Pelo menos 13 pessoas morreram e 178 ficaram gravemente feridas nesta segunda-feira (18) em um incêndio no centro de Conacri, capital da Guiné, após uma explosão no principal depósito de combustível do país.

A explosão ocorreu em torno da meia-noite local (21h de domingo no horário de Brasília) no principal depósito de hidrocarbonetos do país, no distrito de Kaloum, perto do porto.

“O balanço preliminar ao meio-dia é de 13 cadáveres nos centros de saúde e 178 feridos”, guineanos e estrangeiros, informou o governo em um comunicado.

As autoridades informaram que 89 pessoas foram atendidas durante o dia e tiveram alta.

As autoridades deste país da África Ocidental determinaram o fechamento das escolas e pediram aos trabalhadores dos setores público e privado que permanecessem em casa.

Um balanço anterior dos socorristas registrou 11 mortos e 88 feridos graves.

“Os feridos chegam às dezenas a dois dos principais hospitais de Conacri”, afirmou à AFP o doutor Mamadouba Sylla, um cirurgião que trabalha no hospital de Donka.

Dansa Kourouma, presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão legislativo designado pela junta militar, confirmou que o incêndio provocou “muitos danos” e mencionou “perdas humanas”.

O coronel Mamady Doumbouya, que chegou ao poder em 2021 após um golpe de Estado, pediu aos habitantes “solidariedade” neste “momento difícil”.

O governo determinou a abertura de uma investigação.

À tarde, as autoridades informaram que o fogo foi contido e que estão trabalhando para extinguir o incêndio por completo.

Também pediram aos moradores de regiões contíguas ao incêndio que se afastassem por sua segurança e para permitir o trabalho dos serviços competentes.

“Escutamos uma forte explosão que nos jogou no chão sem entendermos nada do que estava acontecendo”, contou Marietou Camara à AFP.

A Guiné é governada desde setembro de 2021 por uma junta militar, liderada pelo coronel Mamadi Doumbouya, que derrubou Alpha Condé, o primeiro presidente eleito democraticamente em 2010, após dezenas de regimes autoritários.

Após o golpe e sob pressão internacional, Doumbouya prometeu que convocaria eleições em um prazo de dois anos a partir de janeiro de 2023.

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