A Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 30, a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). É a primeira autoridade brasileira a receber essa sanção, o que repercutiu entre os principais veículos internacionais.
Na deliberação, o secretário Scott Bessent apontou a violação aos direitos humanos para justificar a aplicação. Ele afirmou que o magistrado prendeu pessoas arbitrariamente e suprimiu a liberdade de expressão, citando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado que o manteria no poder após as eleições de 2022.
A Lei Magnitsky proíbe a entrada nos EUA e impõe sanções financeiras — como bloqueio de bens — a acusados por violações aos direitos humanos ou corrupção. Em 18 de julho, Moraes, aliados e familiares já tiveram seus vistos americanos revogados pela Casa Branca como parte do movimento de retaliação de Trump à ação do Judiciário brasileiro contra o aliado.
Veja como a imprensa global repercutiu a notícia
Bloomberg
O veículo americano Bloomberg classificou a decisão como um novo episódio da pressão exercida por Donald Trump no Brasil, que começou com a ameaça de impor tarifas de 50% sobre o País.
La Nación
O portal argentino La Nación reportou que a “punição do juiz faz parte da repressão do governo Trump ao governo brasileiro”, motivada pelo julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no STF.
The New York Times
Um dos mais importantes jornais americanos, o New York Times também citou o acontecimento. A publicação chamou a nova retaliação de uma “escalada acentuada” da disputa entre os dois países
Le Monde
O veículo francês Le Monde publicou uma matéria sobre o caso, em que categoriza Jair Bolsonaro e Donald Trump como “aliados de extrema-direita”.