Geraldo Alckmin, dublê de ministro e Presidente da República em Exercício, que preside mais o País que o próprio titular, já que este viaja para o exterior como se não houvesse amanhã, declarou ser favorável ao veto presidencial, que findou a chamada Desoneração da Folha, medida que vem causando revolta no grande empresariado nacional.

No mesmo evento em que assim se posicionou, Alckmin defendeu “a volta dos que não foram”, ou seja, da tributação sobre compras no exterior até 50 dólares, medida que, assim como o veto à desoneração, conta com minha simpatia. Porém, não há como não criticar a sanha arrecadatória deste atual governo, que na ausência de reformas que possibilitem maior eficiência e menor custo do Estado, investe ferozmente sobre nossos bolsos.

Morte e impostos são as únicas certezas da vida e, no Brasil, mais ainda. Morremos precocemente, vítimas das dezenas de milhares de assassinatos e acidentes de trânsito todos os anos, sem falar, claro, em doenças fatais, e pagamos os “olhos da cara” em tributos sem que qualquer retorno adequado seja nos entregue. Quando Alckmin e seu chefe, Lula da Silva, defendem impostos, esquecem-se da contrapartida.

Em tempo: todas as pautas econômicas, principalmente as arrecadatórias, foram devidamente satisfeitas pelo Congresso que, obviamente, recebeu seu belo quinhão em pagamento. A sociedade espera, agora, que os resultados apareçam. Inflação, desemprego e juros estão declinantes, é verdade, e isso é ótimo. Mas a garantia desse quadro depende de crescimento – que está pífio – e corte de despesas (inexistente). Do contrário, teremos apenas mais um pobre voo de galinha.