Se os Estados Unidos impedissem o tráfico de armas de seu país para México, não haveria necessidade de enviar alertas para que seus cidadãos não viajem às cidades mais violentas do país, declarou o governo de uma região mexicana atingida pela criminalidade.
A declaração acontece um dia depois de o Departamento de Estado alertar seus cidadãos para que não visitem Colima, Guerrero, Michoacán, Sinaloa e Tamaulipas, este último fronteiriço com os Estados Unidos, pelos altos níveis de violência que sofrem.
Essa medida “seria desnecessária se o governo dos Estados Unidos impedissem o contrabando de armas para o México”, respondeu Roberto Álvarez, porta-voz de Segurança de Guerrero, situado no sul do país.
“As armas provenientes dos Estados Unidos no México e os grupos criminosos que as usam são responsáveis pela violência do país, que incentiva a emissão do Alerta de Viagem”, disse Álvarez em comunicado.
No entanto, o alerta do Departamento de Estado será tomado pelo governo de Guerrero como “um incentivo para melhorar a segurança e continuar com o combate aos grupos criminosos”.
Os Estados Unidos situou as regiões mexicanas mencionadas no máximo nível de alerta, no qual também colocou a Síria, o Iraque e o Afeganistão, entre outros países.
Os alertas de viagem para cidadãos americanos são emitidos com certa regularidade pelo governo dos Estados Unidos em função dos índices de violência.