A história do ex-casal Margarida e Renê Bonetti ganhou notoriedade por meio do podcast “A Mulher da Casa Abandonada“, feito pelo jornalista Chico Felitti, da Folha de S.Paulo. Os dois são proprietários de uma mansão, localizada no bairro Higienópolis, área nobre de São Paulo. Ambos foram acusados nos Estados Unidos por terem mantido durante duas décadas uma empregada doméstica em condições análogas à escravidão. Renê foi condenado, cumpriu pena e já está solto.
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Segundo as apurações feitas pelo jornalista Chico, Renê, que é brasileiro naturalizado americano, trabalha como diretor de carga útil na Northrop Grumman Innovation Systems, empresa de tecnologia e que tem parceria com a Nasa.
Conforme informações disponíveis no site Glassdoor (que informa vagas de emprego e salários), o cargo de “payload manager” (gerente de carga útil, em português) recebe cerca de US$ 220 mil por ano (pouco mais de R$ 1 milhão).
Outro ponto que chamou a atenção do jornalista é que a empresa Northrop Grumman Innovation Systems informa em seu site que um de seus valores é ser contra o tráfico de pessoas e a escravidão em todos os negócios e cadeias e suprimentos. Vale ressaltar que Renê cumpriu pena de seis anos nos EUA por ter mantido uma empregada em condições análogas à escravidão.
Imóveis nos EUA
Nos anos 2000, o engenheiro foi condenado pelo crime pela Justiça norte-americana. Segundo apurações da Folha de S.Paulo, ele possui três imóveis nos EUA registrados em seu nome. Um deles, inclusive, é um apartamento adquirido em 2013 pelo valor de US$ 230 mil.
Revisão da condenação
Naquela época, Renê foi considerado culpado por ter mantido a empregada em condições análogas à escravidão, ter permanecido com uma imigrante ilegal nos EUA e submetido a funcionária a maus tratos, o que colou a vida dela em risco.
Na solicitação de revisão da condenação, a defesa de Renê chegou a alegar na época que ele era uma pessoa “importante demais para ter a vida destruída”. Porém não tiveram sucesso.
Outro ponto levado em conta na condenação de Bonetti foi o entendimento da Justiça norte-americana de que ele mentiu quando informou que não sabia que o visto da empregada estava vencido, e que não tinha conhecimento das agressões que ela sofria por parte de Margarida.
Além da prisão, a Justiça ordenou que o engenheiro pagasse os salários atrasados da funcionária, que foi algo equivalente a US$ 110 mil.
Assim que o caso veio à tona, Margarida Bonetti fugiu para o Brasil. Atualmente, ela é considerada foragida pelo FBI.