ROMA, 21 OUT (ANSA) – Os trabalhadores estrangeiros produzem aproximadamente 9% do produto interno bruto (PIB) da Itália, um valor que corresponde a 177 bilhões de euros (R$ 1,1 trilhão).
É o que aponta o relatório anual da Fundação Leone Moressa sobre a economia da imigração, apresentado na Câmara dos Deputados pelo parlamentar Riccardo Magi, do partido de centro Mais Europa.
O estudo revela que a força de trabalho estrangeira no país é composta por 2,5 milhões de empregados e 787 mil empresários imigrantes, gerando um superávit de 1,2 bilhão de euros (R$ 7,5 bilhões) no custo-benefício para os cofres públicos.
“O relatório mostra um quadro importante que deveria ajudar todos os políticos, começando pelo governo e pelo Parlamento, a tratar esse tema sem esquemas ideológicos, preconceitos ou demagogia”, declarou Magi em uma coletiva de imprensa na Câmara.
Segundo o deputado, os trabalhadores estrangeiros “contribuem para pagar as aposentadorias dos italianos, já que têm uma idade média mais baixa”.
O estudo ainda aponta que os setores com maior concentração de mão de obra estrangeira são agricultura e construção civil, áreas que, assim como outras, enfrentam uma crescente necessidade de trabalhadores devido ao declínio demográfico italiano.
“Seria necessário investir mais em inclusão e integração”, acrescentou Magi, que pediu ao governo da premiê de direita Giorgia Meloni mudanças para flexibilizar a legislação italiana sobre migrações. (ANSA).