Ele tenta, tenta, mas eles continuam chegando lá. Ao longo do ano, a fronteira com o México que o presidente dos EUA, Donald Trump, quer tanto proteger mostrou-se vulnerável. Milhares de imigrantes a cruzaram, a maioria de forma ilegal. No meio do ano, um escândalo marcado pela negligência do governo americano na recepção dessas pessoas colocou Trump na rara posição de reconhecer um erro. Fotos de filhos de imigrantes ilegais metidos em gaiolas, separados dos pais, chocaram o mundo. Foi preciso muito barulho de entidades de proteção à crianças e de autoridades americanas para que os pequenos fossem devolvidos a seus pais. Para amenizar as críticas, Trump deu às famílias forasteiras a opção de escolher entre entregar as crianças para cuidadores temporários ou ficarem juntas em centros de detenções. Meses depois, foi a vez de caravanas de hondurenhos, guatemaltecas e salvadorenhos partirem rumo aos EUA, protagonizando uma marcha de desesperados. No fim do ano, parte das caravanas havia chegado ao México esperando a chance de entrar em território americano. Em novembro, as detenções de imigrantes ilegais na fronteira entre EUA e México bateram recorde: 51.856 pessoas desde que Trump assumiu o governo.