Imea: estimativa de produção de soja em MT é mantida em 47,18 milhões/t

São Paulo, 2 – O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) manteve a projeção de produção de soja em Mato Grosso na safra 2025/26 em 47,18 milhões de toneladas, recuo de 7,29% em relação ao ciclo anterior. A área cultivada permaneceu em 13,01 milhões de hectares e a produtividade média foi estimada em 60,45 sacas por hectare, redução inicial de 8,81% ante a safra 2024/2, informou o Imea em relatório semanal.

As chuvas acumuladas durante novembro em Mato Grosso aumentaram no comparativo com outubro na maior parte do Estado, o que reduziu o estresse hídrico e favoreceu o desenvolvimento das lavouras em diversas regiões. No entanto, a distribuição das precipitações ainda é um ponto de atenção, já que algumas áreas continuam recebendo volumes irregulares.

Foi observado um veranico em alguns pontos do Estado na primeira quinzena de novembro, influenciando principalmente as lavouras precoces que estavam em R1 e R2, fases em que a falta de chuvas pode afetar o potencial produtivo das plantas. Para dezembro, a média do indicador ‘Ensemble mean’ das anomalias de precipitação indica que a maior parte do Estado deve registrar chuvas dentro da média histórica, sinal positivo considerando que boa parte das áreas cultivadas estará em fases cruciais de desenvolvimento.

Em relação à demanda da safra 2024/25, houve aumento de 4,03% nas exportações frente ao mês anterior, que passaram a ser estimadas em 31,40 milhões de toneladas, devido aos altos volumes escoados nos últimos meses. O consumo interestadual alcançou 6,11 milhões de toneladas, redução de 12,59% em comparação ao último relatório, em função da maior competitividade do mercado interno e externo. O consumo dentro de Mato Grosso permaneceu em 13,03 milhões de toneladas. Os estoques finais apresentaram retração de 42,81% no comparativo mensal, ficando projetados em 450 mil toneladas.

Para a safra 2025/26, a projeção de exportações foi mantida em 29,33 milhões de toneladas, volume que representa queda de 6,59% em relação ao ciclo anterior. O consumo interno no Estado seguiu estável, estimado em 13,24 milhões de toneladas, avanço de 1,61%. O consumo interestadual apresentou redução de 6,39% no mês, totalizando 4,10 milhões de toneladas, recuo de 32,90% ante a safra anterior. Os estoques finais caíram 5,63% frente ao relatório anterior, chegando a 970 mil toneladas.

Milho

O Imea também manteve a estimativa de produção de milho em Mato Grosso na safra 2025/26 em 51,72 milhões de toneladas, recuo de 6,70% em relação ao ciclo anterior. A área cultivada permaneceu em 7,39 milhões de hectares, crescimento de 1,83% ante a temporada passada, com destaque para a região Nordeste, onde a expansão projetada é de 4,31%.

A produtividade foi calculada em 116,61 sacas por hectare, adotando a média das últimas três safras como referência, o que representa queda de 8,38% em relação ao desempenho recorde registrado em 2024/25. A redução reflete o retorno a níveis mais próximos da média histórica após o rendimento excepcional do ciclo anterior.

A demanda de milho da safra 2024/25 foi revisada para 53,72 milhões de toneladas, redução de 0,46% em relação ao mês anterior. O ajuste decorreu da redução de 1,37% na projeção de exportações, estimadas em 27,70 milhões de toneladas, influenciada pela expectativa de maior oferta no mercado mundial, que tem pressionado os preços da paridade de exportação.

O consumo interno da safra 2024/25 foi projetado em 17,72 milhões de toneladas, avanço de 0,76% ante o mês anterior, impulsionado pelo aumento da demanda de milho para produção de etanol no Estado. O consumo interestadual permaneceu em 8,30 milhões de toneladas. Com isso, o estoque final foi estimado em 2,23 milhões de toneladas, alta de 41,81% ante o mês anterior.

Para a safra 2025/26, a demanda foi projetada em 53,43 milhões de toneladas, alta de 1,43% frente ao mês anterior. O avanço é explicado pelo aumento mensal de 4,04% no consumo de milho em Mato Grosso, projetado em 19,33 milhões de toneladas, impulsionado pela entrada em operação de novas usinas no Estado. As exportações e o consumo interestadual permanecem estimados em 26,10 milhões de toneladas e 8 milhões de toneladas, respectivamente. Os estoques finais foram projetados em 522,99 mil toneladas, redução de 15,18% em relação a novembro.