Se uma imagem vale por mil palavras, uma foto de Bob Gruen vale por mil acordes de guitarra. Considerado um dos maiores fotógrafos da história do rock, o britânico registrou shows e momentos íntimos de artistas como Bob Dylan, Led Zeppelin, Ramones e The Clash, entre outros. O primeiro nome que vem à cabeça quando se fala em Bob Gruen, no entanto, será sempre o do ex-beatle John Lennon.

“John gravou um álbum em 1980 e planejava uma turnê. Sua morte foi um choque para o mundo inteiro. Levei anos para me adaptar à perda dele.” Bob Gruen, fotógrafo

“Conheci John e Yoko no início de 1971, pouco depois de eles se mudarem para Nova York. Eles moravam em um apartamento perto do meu. Na primeira vez que nos encontramos, descobrimos que compartilhávamos o mesmo senso de humor. Eles gostaram de mim e me pediram para tirar fotos sempre que pudesse”, escreve Gruen em seu site.

A mostra foi inaugurada no Museu da Imagem e do Som (MIS), mas ficou em cartaz apenas quatro dias, de 13 a 17 de março. Como a maioria dos eventos culturais em todo o país, foi adiada graças ao coronavírus. A mostra, que reúne 130 imagens selecionadas pelo próprio Gruen, tem curadoria do jornalista Ricardo Alexandre. A exposição fica em cartaz até 7 de junho, mas poderá ser prorrogada.

“John gravou um álbum em 1980 e planejava uma turnê. Sua morte foi um choque para o mundo inteiro. Levei anos para me adaptar à perda dele.” Bob Gruen, fotógrafo (Crédito: Michael Loccisano/Getty Images)

Os ‘Bob Gruens’ brasileiros

A relação entre a fotografia e o mundo do rock é tão antiga quanto o Yeah, Yeah, Yeah. Para MRossi, nome conhecido da cena brasileira, o fotógrafo de rock traduz o espírito e atitude do estilo. “Seja nas capas dos álbuns ou nos shows, o fotógrafo ajuda a reafirmar a identidade do rock.” Já o carioca Marcos Hermes, outro veterano do estilo, defende que não existe um artista de sucesso que não tenha uma imagem definida. “A fotografia é a base de tudo”, define.

 

 

Três fotógrafos que deixaram suas marcas no rock & roll