BUENOS AIRES, 27 MAR (ANSA) – As imagens da autópsia realizada no ex-jogador Diego Maradona, falecido em 2020, foram exibidas nesta quinta-feira (27) durante o julgamento da morte do ídolo argentino.
“Foi um dia difícil, mas importante para ilustrar ao tribunal o que está surgindo com cada vez mais clareza: a quantidade de líquidos que Maradona havia acumulado em seu corpo. Havia líquido nos pulmões e outras cavidades, eram quatro litros, e isso mostra que o edema que Diego teve não foi consequência de uma emergência repentina, porque essa quantidade de líquido não é produzida em poucas horas e, portanto, poderia ter sido evitada”, disse Fernando Burlando, advogado de duas das filhas do ex-jogador do Napoli.
Já Mario Baudry, representante da segunda esposa de Maradona, Verônica Ojeda, destacou a dureza do material exibido no tribunal. Além disso, o advogado comentou que foi “muito difícil ver o estado em que abandonaram” o ex-atleta.
A audiência de hoje (27) não foi transmitida ao vivo e, portanto, não houve vazamento de imagens da autópsia, mas a lembrança do choque causado pela exibição de uma foto do corpo de Maradona ainda deitado na cama e visivelmente inchado ainda está fresca na Argentina.
No início da semana, Julio César Coria, uma das testemunhas que depuseram no julgamento em Buenos Aires, foi detido por falso testemunho, após solicitação de Burlando.
Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após uma crise cardiorrespiratória ocorrida em sua residência em Tigre, onde se recuperava de uma neurocirurgia para tratamento de um hematoma na cabeça. (ANSA).