SÃO PAULO, 28 JUN (ANSA) – A illycaffè realizou um evento paralelo durante a reunião dos ministros da Educação do G7 em Trieste, cidade italiana que é o berço da empresa de cafés.   

Com o título “O papel da educação na formação profissional: o caso de estudo da cadeia do café para favorecer o desenvolvimento sustentável”, o encontro foi feito em colaboração com a Fundação Ernesto Illy para discutir como a educação pode contribuir para enfrentar a crise climática e a pobreza.   

O evento teve as presenças do ministro da Educação e do Mérito da Itália, Giuseppe Valditara, anfitrião do G7 de Trieste; de Fernanda Maria Rocha Soares dos Santos, conselheira da Embaixada do Brasil em Roma; do presidente da illycaffè, Andrea Illy; de Tidiane Ouattara, representante da União Africana; e de Stefania Giannini, vice-diretora-geral da Unesco para Educação, entre outros.   

“A educação é um fator chave para alcançar os objetivos de resiliência, sustentabilidade ambiental, valor agregado e circularidade da cadeia de valor e de apoio às famílias dos produtores de café, indicados na declaração da cúpula do G7 na Puglia”, disse Illy.   

“As alterações climáticas, que colocam em risco mais de 50% das terras cultiváveis, exigem uma melhoria significativa nas práticas agronômicas e, portanto, nas competências e capacidades dos agricultores”, acrescentou o executivo.   

Segundo o presidente, a educação representa a principal e mais eficaz ação “para combater a pobreza, que é um dos problemas que afetam a cafeicultura”. “Grande parte do conhecimento sobre as cadeias de abastecimento do café é produzida em Trieste, e a illy está empenhada há mais de 25 anos com a Università del Caffè na transferência de tecnologia em 23 países, conectando produtores e consumidores”, salientou.   

A discussão mostrou a vulnerabilidade da comunidade do café às mudanças climáticas, em um setor já altamente volátil e que sofre com o acesso escasso a crédito e a baixa propensão a investimentos.   

“Estamos convencidos de que apenas promovendo boas práticas e investimentos na educação com modelos público-privados poderemos superar o desafio da sustentabilidade no setor e garantir o bem-estar dos produtores e de toda a cadeia”, disse Gerardo Patacconi, chefe de operações da Organização Internacional do Café (ICO) e que também participou do evento. (ANSA).