As ilhas Canárias, localizadas ao longo da costa noroeste da África, registraram nas últimas semanas números recordes de chegadas de imigrantes irregulares, a que levou o governo espanhol a anunciar que irá disponibilizar mais meios para frear este fluxo.

A Espanha vai enviar um avião para “colaborar com as autoridades do Senegal e da Mauritânia” na vigilância marítima durante um mês e meio, para deter as precárias embarcações que partem com imigrantes para as ilhas Canárias, indicou o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, que está de visita ao arquipélago espanhol.

“Há um aumento” nas chegadas em consequência da “desestabilização no Sahel”, disse o ministro, que afirmou que outro avião será enviado às ilhas Canárias para reforçar os meios de vigilância já existentes.

Segundo o ministro, que visitou a Mauritânia na semana passada e irá em breve ao Senegal, “mais de 12 mil” chegadas de imigrantes às ilhas Canárias foram evitadas desde o início do ano.

De acordo com os últimos números do Ministério do Interior espanhol, o arquipélago recebeu 23.537 imigrantes entre 1º de janeiro e 15 de outubro, quase 80% a mais do que no mesmo período de 2022.

Nos primeiros 15 dias de outubro, 8.561 migrantes desembarcaram no arquipélago, um recorde, segundo a imprensa espanhola, desde uma crise migratória em 2006.

A rota para as ilhas Canárias tem sido muito movimentada nos últimos anos devido ao reforço dos controles no Mediterrâneo.

bur-mg/du/mb/aa/yr