CAGLIARI, 21 MAI (ANSA) – A Sardenha, terra de algumas das praias mais paradisíacas da Itália, exigirá um “passaporte sanitário” para comprovar que os turistas que cheguem à ilha não estão infectados pelo novo coronavírus.   

A medida deve começar a valer a partir da reabertura das fronteiras internas na Itália, quando serão permitidas viagens inter-regionais. Segundo um secretário do governo sardo, Quirico Sanna, esse “passaporte sanitário” pode incluir um teste para detecção do novo coronavírus feito até sete dias antes da viagem.   

Também estão previstos exames rápidos em portos e aeroportos e um aplicativo para rastrear deslocamentos de turistas em seus primeiros dias na Sardenha. O uso desse app seria voluntário, mas o governo definirá todas as diretrizes do passaporte sanitário nas próximas semanas.   

“O passaporte sanitário não será um fardo para as chegadas na Sardenha. A ilha abre seus braços ao turismo, mas quer fazê-lo com toda a segurança para os sardos e os turistas”, disse nesta quarta-feira (20) o governador Christian Solinas.   

Segundo ele, o objetivo é que o custo do passaporte sanitário não recaia sobre os viajantes. “O custo pode ser reabsorvido na forma de serviços hoteleiros ou do circuito [turístico] regional”, acrescentou.   

A ilha está isolada do restante da Itália devido à pandemia de Covid-19, e as conexões aéreas com outras regiões do país devem ser restabelecidas a partir do início de junho. Já os voos internacionais devem ser retomados no dia 25 do mês que vem.   

A Sardenha é uma das regiões menos atingidas pela pandemia na Itália, com 1.355 casos, de um total de 227.364 registrados em todo o país.   

A ilha também soma 126 mortes, enquanto a Itália inteira tem 32.330.(ANSA)