09/06/2016 - 20:10
De forma bem diferente do observado com outros nomeados para compor o governo do presidente em exercício Michel Temer, o novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, foi empossado nesta quinta-feira,, 9, em cerimônia discreta no Palácio do Planalto.
O executivo, ex-economista-chefe do Itaú Unibanco, inicia nesta sexta-feira, 10, suas atividades no comando da autoridade monetária, mas o evento de transmissão de cargo está previsto somente para a segunda-feira, dia 13.
A assinatura do termo de posse ocorreu no gabinete presidencial, com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A cerimônia não foi transmitida pela TV oficial do governo (NBR) e não teve a participação de outros convidados, nem mesmo da equipe de imprensa do BC, que tem acompanhado o economista.
O formato do evento, sem discurso ou abertura à imprensa, teria sido um pedido do próprio Goldfajn. Desde que assumiu interinamente, Temer deu posse a todos os ministros em cerimônias abertas e com pronunciamento. Em muitos casos, os empossados concederam entrevista coletiva à imprensa.
No Banco Central, a avaliação foi de que o novo presidente já havia se pronunciado extensamente nesta semana durante a sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que durou mais de quatro horas. Para a cerimônia de transmissão de cargo de Alexandre Tombini para Goldfajn, estão previstos convidados e discursos.
Hoje, interlocutores do presidente chegaram a dizer que uma das razões para o evento fechado seria a falta de tempo para organizar algo maior. No entanto, na quarta-feira passada, Temer anunciou Torquato Jardim como ministro da Transparência, Fiscalização e Controle e deu posse ao ministro, em cerimônia aberta, no dia seguinte.
Após a saída do comando do Banco Central, Alexandre Tombini deve assumir o cargo de representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).