ROMA, 06 FEV (ANSA) – Os bispos e cardeais da Congregação para as Causas dos Santos aprovaram nesta terça-feira (6), por unanimidade, o reconhecimento de um milagre atribuído a Giovanni Battista Montini, o papa Paulo VI (1897-1978).   

Com isso, falta apenas o aval de Francisco para que o religioso italiano seja canonizado. Acredita-se que o Pontífice possa assinar o decreto autorizando a santificação de Paulo VI já nos próximos dias.   

O milagre de Montini, que governou a Igreja Católica entre 1963 e 1978, teria ocorrido em dezembro de 2014, no nascimento de Amanda, menina italiana que veio ao mundo após apenas 26 semanas de gravidez, algo em torno de seis meses e meio.   

Segundo a Igreja, a placenta da mãe se rompeu com 13 semanas de gestação, e os médicos a aconselharam a interromper a gravidez, que poderia provocar danos à sua própria saúde. No entanto, ela, originária da província de Verona, ouviu a sugestão de uma amiga e rezou no Santuário das Graças de Brescia, lugar de devoção a Montini. A menina nasceu saudável.   

Paulo VI foi beatificado em 19 de outubro de 2014, em uma cerimônia na praça São Pedro, no fim do Sínodo Extraordinário dos Bispos para a Família. Acredita-se que sua canonização possa ocorrer ainda em 2018, provavelmente em outubro.   

Montini é considerado o primeiro pontífice “moderno” da Igreja e abriu suas portas para as exigências da vida contemporânea, apoiando a atualização das normas católicas aos novos tempos.   

Por outro lado, era crítico ferrenho da pílula anticoncepcional.   

Além disso, foi a primeiro a fazer longas viagens internacionais, passando por países como Índia, Uganda, Colômbia, Filipinas e Austrália, e o primeiro a visitar a “Terra Santa”. (ANSA)