Fundada há quase quatro decádas nos EUA pela professora de matemática Jane Whaley, a Word of Faith Fellowship (Associação Palavra da Fé) congrega atualmente cerca de 800 mil seguidores na Carolina do Norte. No Brasil, reúne aproximadamente dois mil fiéis, concentrados sobretudo em São Paulo e Minas Gerais. Na semana passada, uma ampla reportagem da agência de notícias Associated Press, com repercussão em todo o mundo, mostrou que, pelo menos em seu segmento brasileiro, a instituição americana convenceu muitos jovens a se mudarem para os EUA. Os líderes da Word of Faith Fellowship valiam-se para isso de falsos princípios religiosos e de práticas místicas, prometendo o melhor dos mundos espirituais. Desembarcados na Carolina do Norte, o que os brasileiros encontravam pela frente era, na realidade, o inferno de trabalho escravo (quinze horas diárias), péssima alimentação, precárias acomodações e muito castigo físico. “Eu era obrigado a limpar armazéns da própria seita e também de empresas controladas por ela”, diz André Oliveira. “Essa igreja nos traficou porque queria mão de obra escrava”. Como nos EUA o estrangeiro com visto de turista não pode trabalhar, os brasileiros eram levados ao país com visto de estudante, que inclui a permissão para alguns ramos de trabalho – jamais para a exploração ou humilhação, é claro. “Eu logo descobri que na igreja jamais haveria a felicidade prometida. Nos enganaram”, diz Thiago Silva, que, feito Oliveira, já abandonou a seita. Uma investigação foi iniciada nos EUA há cerca de quatro anos, a partir dessas denúncias e também do excessivo mistério que envolve todas as sedes da Word of Faith Fellowship. A apuração dos fatos, no entanto, acabou sendo interrompida – e esquecida. Responsáveis pela igreja negam as denúncias apresentadas pela Associated Press.

ELEIÇÕES
Dinheiro no ralo

Nesses tempos de vacas magérrimas nos cofres públicos do País (e não só nos cofres públicos), eis um gasto desnecessário para se mudar algo que está funcionado e que, depois de alterado, poderá dar problema. Trata-se das urnas eletrônicas com impressoras que serão usadas nas eleições de 2018. Custarão à União mais que R$ 2,5 bilhões. TSE avisa: haverá filas porque se perderá muito tempo imprimindo o voto, e as impressoras geralmente dão pau.

ESPORTE
Ela é ouro. O Brasil é ouro

CHRISTOPHE SIMON

O Brasil deve à pernambucana Etiene Medeiros, 26 anos, o fato de surgir com glória na mídia internacional – o que anda bem raro atualmente. Ela conquistou a medalha de ouro na quinta-feira 27, na categoria 50 metros costas, no Mundial de Esportes Aquáticos em Budapeste (Hungria). Etiene se tornou assim a primeira brasileira a ganhar um título mundial em piscina longa. “Que prova!”, desabafou ela com o ouro já conquistado. “Fiquei nervosa porque as adversárias não paravam de me desejar boa sorte”.

COMPORTAMENTO
Jeff Bezos é o mais rico do mundo

Divulgação

Ranking da revista Forbes: Bill Gates perdeu a posição de homem mais rico do planeta. Ocupa agora o seu lugar Jeff Bezos, fundador da Amazon, com patrimônio estimado em US$ 90,6 bilhões – meio milhão de dólares a mais se comparado ao dono da Microsoft. Como o ranking é montado com base na participação de empresas nas Bolsas de Valores de diversos países, ele é sempre flutuante. O número de bilionários cresceu 13% nas nações ricas: são 2043.

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MEDICINA
Videogamepatia

Divulgação

O jogo patológico já é tratado pela medicina como distúrbio psiquiátrico. Ou seja: o vício em carteado ou roleta, por exemplo, pouco difere de outras compulsões. Agora, a comunidade científica está requerendo que a OMS inclua na Classificação Internacional de Doenças (CID) o uso abusivo e nocivo de videogames e demais jogos eletrônicos (o CID é o livro de referência de diagnósticos em todo o mundo). Está sendo atualizado (encontra-se na décima versão) e em breve será apresentado a especialistas. Sempre que jogos eletrônicos interferirem nas demais atividades e responsabilidade sociais de quem os pratica (tornando a pessoa disfuncional na família ou no trabalho), tal hábito será considerado um transtorno psiquiátrico.

60%
é o índice de confiança dos brasileiros na mídia em geral – no mundo, 43%. Os dados são do Instituto Reuters, ligado à Universidade de Oxford. Foram pesquisados 36 países e a Finlândia apresenta o mais alto nível de confiança: 62%. Quanto à leitura de notícias, 65% da população preferem fazê-la em celulares. Ler no computador já é passado.


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