O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) voltou a ganhar tração em agosto e subiu 2,74%, após alta de 2,23% em julho. A informação foi publicada nesta sexta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice passou a acumular alta de 13,02% em 12 meses e de 9,64% em 2020.

A alta de 2,74% do IGP-M foi a maior inflação mensal desde dezembro de 2002, quando o índice havia registrado alta de 3,75%. No acumulado em 12 meses, o indicador atingiu sua maior taxa em 12 anos, a mais alta desde agosto de 2008 (13,63%).

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou força e avançou 3,74% em agosto, após alta de 3% em julho. Agora, o indicador acumula inflação de 18,15% em 12 meses e de 13,43% em 2020, segundo a FGV.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por outro lado, teve leve desaceleração, com inflação de 0,48%, ante os 0,49% da divulgação anterior. O indicador acumula alta de 2,34% nos 12 meses encerrados em agosto e de 1,38% em 2020.

O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M), divulgado pela FGV na última quinta-feira, 27, também perdeu tração e subiu 0,82%, após alta de 0,84% em julho. O indicador acumula alta de 4,44% em 12 meses e de 3,39% em 2020.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou tração e subiu 3,74% na divulgação de agosto do IGP-M). Em julho, o índice havia avançado 3%. Com o resultado, o IPA acumula alta de 13,43% em 2020 e de 18,15% em 12 meses.

O resultado de agosto é o maior crescimento mensal do IPA-M desde dezembro de 2002, quando havia avançado 4,45%. Considerando a soma de 12 meses, é a taxa mais elevada desde julho de 2008, quando o IPA acumulava 19,39%.

Nas aberturas por origem, o IPA agropecuário registrou a maior aceleração e avançou 4,80%, de 3,14% em julho. O índice passou a acumular alta de 17,74% em 2020 e de 32,25% em 12 meses, segundo a FGV.

O IPA de produtos industriais também ganhou tração e subiu 3,34%, após 2,94% em julho. O indicador acumula inflação de 11,90% em 2020 e de 13,63% nos 12 meses encerrados em agosto.

Considerando os estágios de processamento, as matérias-primas brutas voltaram a acelerar e subiram 6,93%, após elevação de 6,35% em julho. A variação foi puxada pelo aumento nos preços do minério de ferro (8,98% para 10,82%), milho em grão (0,83% para 7,04%) e café em grão (-2,41% para 9,81%). Na outra ponta, ajudaram a conter a aceleração os bovinos (8,94% para 4,12%) e soja em grão (8,89% para 7,04%).

Os bens finais também aceleraram, indo a 1,25%, após 0,45% na divulgação anterior. Neste caso, a variação foi puxada pelo subgrupo alimentos in natura, que passou de deflação de 14,63% para queda mais modesta, de 4,28%, no período.

Os bens intermediários também ganharam força e subiram 2,73% em agosto, após 2,06% em julho. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa acelerou de 0,83% para 2,24% no período.

Em 2020, as matérias-primas brutas acumulam alta de 31,15%, os bens intermediários têm inflação de 6,09% e os bens finais, de 4,44%. Considerando o período de 12 meses até agosto, as taxas são, respectivamente, de 39,27%, 8,62% e 8,75%.


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