A inflação de 0,05% medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) foi a menor para um mês de março desde 2009, auge da crise econômica mundial. O indicador divulgado nesta quarta-feira, 15, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) desacelerou na comparação com fevereiro, quando teve taxa positiva de 0,14%.

Dessa vez, tanto os preços no atacado quanto no varejo contribuíram para reduzir o ímpeto inflacionário. Do lado do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os combustíveis foram a principal âncora dos preços. Segundo o superintendente adjunto para Inflação do FGV/Ibre, Salomão Quadros, o impacto da redução de preços de gasolina e diesel pela Petrobras no fim de fevereiro deverá perdurar pelo menos até o fim do mês.

Em março, o grupo combustíveis e lubrificantes para produção teve deflação de -3,24%, contra alta de 4,08% no mês passado. Os preços da gasolina recuaram 3,41% e os do óleo diesel caíram 5,03%.

Do lado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Quadros destaca o fim da pressão altista de preços relacionados a gastos com Educação, como as mensalidades escolares. Após reajustes no início do ano, esse item deu alívio ao bolso do consumidor.

O mesmo aconteceu com tarifas de ônibus, após reajustes em algumas capitais nos dois primeiros meses de 2017. Por outro lado, o acionamento de bandeira tarifária na energia elétrica encareceu a tarifa residencial e tem influência altista.