A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal manteve as principais projeções para os indicadores macroeconômicos de 2018. A expectativa do órgão é que o setor público encerre o ano com um déficit primário de 2,06% do PIB, a mesma do relatório de fevereiro. A estimativa para o crescimento do PIB também foi mantida em 2,7%.

No relatório deste mês, a instituição destacou os dados do PIB de 2017, principalmente a recuperação do insvestimento, após 14 trimestres em queda, assim como o consumo, que segue em campo positivo.

A IFI chamou a atenção para a queda da indústria na composição do crescimento econômico nos últimos anos, assim como a arrecadação proveniente desse segmento. “A combinação de uma tributação relativamente mais elevada na indústria que nos demais setores, associada à retração de sua participação na economia, deve ter influenciado a trajetória das receitas”, destaca o documento.

A entidade destacou também as garantias concedidas pela União em 2017, que somaram R$ 301 bilhões, dos quais R$ 233,3 bilhões referem-se a operações de crédito, sendo R$ 176 bilhões a Estados. Com isso, a União teve que honrar R$ 6,4 bilhões em financiamentos não pagos, grande parte pelo Estado do Rio de Janeiro.

“O ideal é que haja parcimônia na concessão de garantias, mediante análise cuidadosa da situação do pretendente. Concedida a garantia, é preciso uma gestão adequada do risco, buscando antever as ocorrências que impliquem em despesa”, recomenda a instituição.

Outro destaque do relatório de março é em relação aos restos a pagar do Orçamento da União, que alcançaram R$ 155 bilhões, alta de 5% ante 2017. Apesar da elevação, a IFI afirma que a tendência é de queda, já que, em 2014 esse montante chegou a R$ 282 bilhões.

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