João Barbosa, de 72 anos, foi até a Defensoria Pública para arrumar sua situação conjugal com sua ex-companheira e poder se casar novamente. Entretanto, o cearense ficou ciente de que foi declarado morto pela ex-esposa em 1985. Mesmo vivo, o pedreiro soube do ocorrido em 2019, conforme apuração do portal G1.

“Me mataram eu não sei nem o porquê, eu queria que cancelassem. Todo mundo está vendo que estou vivo, quero resolver meus problemas. Estando morto, como eu vou resolver?”, reclama João. Atualmente, o cearense luta na Justiça para provar que está vivo.

O idoso foi casado na década de 80 e se mudou para o Maranhão com a então esposa. Porém, após desentendimento, o pedreiro voltou para Fortaleza, no Ceará, sem assinar o divórcio.

“Minha vida lá no Maranhão não deu certo, não consegui emprego, não me adaptei. Depois de desavenças com a mulher, fiquei desgostoso da vida e resolvi voltar pra cá, mas eu nunca poderia imaginar que a pessoa ia inventar uma história dessas. Eu levei um choque quando soube disso”, narra João.

No último ano, com a decisão judicial do divórcio em mãos, João foi até o cartório para regularizar sua situação, mas ao invés da averbação na certidão de casamento, o funcionário mostrou a certidão de óbito para o pedreiro.

A causa do idoso ter sido declarado morto é desconhecida. Para o G1, o defensor público Daniel Leão, supervisor do Núcleo do Idoso, disse ser possível que a ex-esposa tenha feito isso para ter o direito de casar novamente ou para conseguir algum benefício.