Na Praia Grande, litoral de São Paulo, um idoso de 71 anos aguarda, há quase um ano, pela cirurgia de retirada de uma grande hérnia que tomou conta de seu abdômen, prejudicou sua mobilidade e causa crises semanais de infecção.

Em entrevista ao G1, a filha do idoso relatou as dificuldades que o paciente vem enfrentando enquanto espera pela cirurgia. “Começou do tamanho de um limão. Aquilo estourava, infeccionava, meu pai tinha febre e em seguida a ferida fechava, e desse jeito foi crescendo sem sabermos o que era”, revelou a filha.

No último ano, em exames realizados, foi identificado que o idoso sofria com uma hérnia infra-umbilical lipomatosa. “Ele já não faz mais nada, mal sai na rua e não consegue fazer as necessidades sem ser no banho. As crises de febre, que aconteciam uma vez por mês, agora são semanais. Ele fica dois, três dias sem sair da cama, já perdeu a vontade de viver”, conta a filha.

A filha do idoso revelou que uma cirurgia para a retirada da hérnia chegou a ser agendada para novembro de 2019. Na ocasião, o idoso realizou os exames pré-operatórios e chegou a perder 50 kg, a pedido da equipe médica, para reduzir os riscos do procedimento. Porém, a cirurgia acabou sendo adiada.

“Mudaram para dezembro, depois para janeiro, fevereiro e em março veio a pandemia, aí disseram que suspenderam a cirurgia. Os exames pré-operatórios que ele tinha feito venceram e em agosto fizemos novos exames, mas continuamos sem perspectiva nenhuma de um agendamento. É muito triste ouvirmos que o caso dele não é urgente”, finalizou a filha.

Em nota enviada ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde de SP afirma que o idoso é atendido por equipe multidisciplinar e especialista no Hospital Guilherme Álvaro. O órgão também afirmou que a unidade hospitalar entrará em contato para nova avaliação e definição da conduta terapêutica.

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