Aos sete anos, uma idosa, de Belo Horizonte, Minas Gerais, perdeu a ponta do dedo em um engenho. Agora, 60 anos depois, ela ganhou uma tatuagem com a unha que estava faltando. O desenho realista ajudou a aumentar a autoestima da mulher depois do acidente, conforme o tatuador Augusto Molinari. As informações são do EXTRA.

“Ela me contou que tinha perdido a ponta do dedo e que sentia falta de ter uma unha. Eu nunca tinha nem desenhado uma na vida, nem encontrei referência de nenhum outro tatuador. Fui copiando a unha da outra mão e deu certo. Depois de trinta minutos, ela saiu completamente feliz do estúdio”, relatou Augusto, em entrevista ao EXTRA.

Acostumado a tatuar mulheres com câncer de mama, reproduzindo mamilos e cobrindo cicatrizes, Molinari afirmou que faz o trabalho de forma gratuita. “Acredito na democratização. Por que só rico vai ter acesso a disfarçar cicatriz? Atendo desde madame até cantineiro de colégio. É uma horinha de trabalho que não me faz falta, mas faz diferença na autoestima dessas pessoas”, disse.

Segundo Molinari, a senhora esteve em seu estúdio uma semana antes, para marcarem a tatuagem sem prejudicar o trabalho dela como pianista. O tatuador afirmou que teve dificuldade para tatuar a unha. “Por ser um tecido de cicatriz é muito difícil, além de ser uma região que costuma doer. Ela [a musicista] brincou que sobrancelha definitiva dói bem mais e aguentou super bem”, comentou.

Augusto ainda ressaltou que a mão da pianista parecia com a de sua mãe, um fator que o ajudou. “A mão dela parecia com a da minha mãe e eu fiquei pensando em como queria que alguém fizesse isso pela minha, caso ela precisasse”, completou.

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