INFLADO Na avaliação
da cúpula petista, números
de Fernando Haddad foram superdimensionados (Crédito:Aloisio Mauricio)

Firme na ideia fixa de manter a candidatura de Lula à Presidência, mesmo sabendo que ela não poderá acontecer, a cúpula petista deu pouquíssima importância à pesquisa divulgada pelo site Poder 360 no início da semana. Colocando Fernando Haddad como opção do PT no pleito, a pesquisa destinou a ele patamar em torno de 8%, o que lhe deixa próximo daqueles que disputam hoje o segundo lugar. A cúpula do PT diz desconfiar que os números foram inflados. Assim, independentemente do quadro, a “candidatura” Lula foi lançada em Contagem (MG) no fim de semana. Também foi lançado site para arrecadação eletrônica de recursos (já arrecadou R$ 56 mil). Segue, assim, a fantasia, com Lula preso e impedido de disputar com base na Lei da Ficha Limpa.

Suicida

Nos bastidores, porém, vai crescendo a insatisfação petista com a manutenção dessa estratégia, que alguns parlamentares já classificam como “suicida”. De acordo com um parlamentar petista, se há um candidato que aparece competitivo e se ainda metade das pessoas não têm candidato à Presidência, a manutenção dessa estratégia vai ficando meio incompreensível.

Lula lá

Segundo esse mesmo parlamentar, o PT muitas vezes parece agir somente como o “Partido do Lula”. Atende aos seus interesses, move-se unicamente para ele e se esquece do resto. Fora do jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais.
E ainda pode ajudar a eleger Jair Bolsonaro presidente, já que sua posição à frente da disputa parece se consolidar.

EuroSocial

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Luiz Alves

O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, firmou na semana passada uma parceria do Brasil com o programa EuroSocial, da União Europeia, para a construção de um protocolo de proteção a crianças e adolescentes refugiados, apátridas ou em outra condição migratória. O protocolo permitirá ajuda às cidades brasileiras com maior fluxo de migrantes — caso das cidades de Roraima que fazem fronteira com a Venezuela, por exemplo.

Rápidas

* O candidato à Presidência pelo Novo, João Amoêdo, foi quem mais arrecadou dinheiro até agora pelo novo sistema de doação legal no estilo crowdfunding, instituído pela Justiça Eleitoral. Amoêdo já reuniu R$ 286 mil.

* Na terça-feira 5, o TSE registrou o PINA, partido da inelegibilidade automática, como legenda em formação. Trata-se de mais uma derrota dos políticos profissionais. O PINA defende a não reeleição por um prazo mínimo de 10 anos.

* O Centro Cultural Fiesp divulgou intensa agenda de espetáculos. Neste domingo 10, haverá uma série de apresentações de música e dança tradicionais da cultura nipônica, em comemoração aos 110 anos da chegada do navio Kasato Maru.

* Haverá ainda outros eventos. Até 8 de julho, acontecerá mostra do artista Mac Adams. Já o espetáculo teatral “Ofélia”, de Hamlet, estará em cartaz até 22 de julho, enquanto que a peça “Que monstro te mordeu” vai até 2 de dezembro.

Retrato falado

“Seria um retrocesso, não um avanço” (Crédito:Jorge William / Agência O Globo )

Por oito votos a dois, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal derrubou esta semana a exigência do voto impresso nas eleições. Para a maioria dos ministros, como Alexandre de Moraes, o voto impresso abriria riscos para a quebra do sigilo, pela possibilidade de mesários acabarem por ver a escolha dos eleitores. Para a presidente do STF, Cármem Lúcia, o Brasil avançou para um sistema rápido, cuja segurança nunca foi contestada, ou com qualquer evidência mais forte.

Toma lá dá cá

 


Deputado Marcus Pestana (PSDB-MG)

Que avaliação o senhor faz após o lançamento do manifesto que busca unir os candidatos de centro?
Penso que foi um sucesso. Diversos políticos nos procuraram para assinar o manifesto após o lançamento. Ele parte de um diagnóstico sólido.

Qual diagnóstico?
Estamos vivendo um ambiente de intolerância e autoritarismo. E esse ambiente é tudo o que o Brasil não precisa agora.

Daí a necessidade de união?
Sim. Porque fragmentados, vamos perder as eleições. Não podemos contribuir para que prevaleça certo populismo autoritário e radical.

Como o senhor reage às insinuações de que o movimento visa fortalecer Geraldo Alckmin?
O movimento é suprapartidário. Não carrega compromisso com nenhuma candidatura.

PF na Netflix

Mais uma operação da Polícia Federal pode virar série na Netflix. É a operação Spectrum, que prendeu um dos maiores traficantes da América do Sul, Luiz Carlos da Rocha, conhecido como ‘Cabeça Branca’. Executivos da Netflix já iniciaram as tratativas com a PF, segundo fontes ouvidas por ISTOÉ. A Spectrum exigiu um longo trabalho de investigação da PF. Foi uma operação bastante minuciosa e com amplo material fotográfico de apoio. Embora menos conhecida que a Lava Jato, que inspirou a série “O Mecanismo”, de José Padilha, a Operação Spectrum tem todos os elementos para virar um bom entretenimento, para quem gosta de tramas policiais.

Cabeça Branca

‘Cabeça Branca’, líder de uma quadrilha que atuou por mais de 30 anos com tráfico internacional de drogas, foi preso em julho
de 2017 no Mato Grosso do Sul, onde vivia com identidade falsa. Para não ser reconhecido, realizou uma série de cirurgias plásticas. A série contará o trabalho da PF para prendê-lo.

Lava Jato e livro

Integrante da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, o procurador Diogo Castor de Mattos lança no dia 14, em Curitiba, o livro “O Amigo do Direito Penal”. O procurador indica no livro que o Direito Penal é aplicado de forma intensa e repressiva nas camadas mais pobres da sociedade, mas isso não ocorre da mesma maneira em relação à classe mais privilegiada.

Divulgação

Impunidade


Tal situação, considera Castor de Mattos, contribui para gerar impunidade. A obra aborda conceitos teóricos dos crimes de colarinho branco, reflexões sobre as principais características dessas práticas ilícitas e resgata investigações criminais rumorosas que não tiveram um resultado eficiente, além de relembrar ataques à Lava Jato.

Mais de quatro anos

Divulgação

Com outros políticos para julgar, caso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), os ministros do STF preocupam-se em conseguir dar mais celeridade aos processos. No caso de Nelson Meurer (PP-PR), condenado há duas semanas, os ministros levaram mais de quatro anos para condená-lo e concluir o julgamento. Foram nada menos que 1.533 dias.

 


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