Idade certa e cuidados: entenda processo de introdução alimentar da filha de Neymar

Aos sete meses de vida, Helena, terceira filha de Neymar, iniciou a introdução alimentar

Helana, filha de Neymar
Helana, filha de Neymar Foto: Reprodução/montagem Instagram

A modelo Amanda Kimberly, mãe de Helena, terceira filha de Neymar, compartilhou com seus seguidores nas redes sociais que iniciou a introdução alimentar da pequena, que tem sete meses de vida.

Por meio de um vídeo no TikTok, a modelo compilou vários momentos de Helena comendo suas primeiras refeições e reagindo aos novos sabores. “Introdução alimentar da tutuca”, escreveu ela na legenda da publicação.

Além de Helena, Neymar também é pai de Davi Lucca, de 12 anos, fruto de sua relação com Carol Dantas, e de Mavie, de 1 ano, e Mel (que está a caminho), ambas do seu relacionamento atual com a namorada, a influenciadora Bruna Biancardi.

 

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Introdução alimentar

“A introdução alimentar é o processo de transição do aleitamento materno exclusivo ou fórmula infantil, quando necessário, ou misto, para uma alimentação complementar, incluindo alimentos sólidos e líquidos. Isso não significa desmame. Esse momento deve ser encarado como uma experiência de aprendizado para a criança, de autonomia, tanto do ponto de vista nutricional quanto do desenvolvimento motor e sensorial”, explica Talita Lodi Holtel, coordenadora da unidade de internação pediátrica e pronto-socorro infantil do Hospital Sepaco, ao site IstoÉ Gente.

Qual a idade para começar a dar alimentos sólidos para as crianças?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam iniciar a introdução alimentar aos seis meses de idade, mas o bebê deve apresentar sinais de prontidão, como, por exemplo, sustentar a cabeça e o tronco, sentar-se com apoio, demonstrar interesse pelos alimentos e ter coordenação para levar os objetos à boca. Isso é importante porque o bebê que ainda não senta tem maior risco de engasgos e broncoaspiração. Assim, o bebê que não sustenta a cabeça e o tronco apresenta maior risco de intercorrências nesse processo.

Vale lembrar também que, antes dos seis meses, o sistema digestivo do bebê ainda não está totalmente preparado para processar alimentos sólidos, e a amamentação exclusiva é suficiente para atender às suas necessidades nutricionais. A amamentação exclusiva pode ser apenas o aleitamento materno, ou o uso de fórmulas infantis, assim como o aleitamento misto, que é a combinação de amamentação materna e fórmula.

Quais alimentos podem e não podem ser oferecidos? Quais cuidados ter no processo de introdução alimentar?

Quando começamos a introdução alimentar, iniciamos com frutas frescas e in natura. Também podem ser oferecidas frutas cozidas, sem adição de açúcar, como maçã e pera. Nesse caso, podemos amassar ou cortar as frutas em pedaços para o método BLW (Baby-Led Weaning), dependendo da escolha dos pais. Vale ressaltar que, hoje em dia, diferente de antigamente, não se oferece mais sucos na introdução alimentar. A partir do momento em que começamos a introdução alimentar, é importante lembrar de iniciar a oferta de água, preferencialmente em copinhos de transição, para já estimular a autonomia da criança.

No início, a criança não entende que o alimento serve para matar a fome; isso é um processo. Portanto, a introdução alimentar deve ser lúdica. Após os 8 ou 9 meses, podemos começar a introduzir bolinhos que a criança possa pegar com a mão, para estimular ainda mais a autonomia na alimentação. Iniciamos aos seis meses com frutas, e depois de aproximadamente um mês, quando a criança já está adaptada à nova rotina e aceitando outros alimentos, podemos começar a introduzir as outras classes alimentares.

São elas: proteínas como carne, ovo, frango e peixe; carboidratos como batata, mandioca e inhame; vegetais folhosos refogados como espinafre, couve, acelga e rúcula; legumes coloridos como beterraba, cenoura, tomate, couve-flor e brócolis. As leguminosas como feijão, soja e grão-de-bico devem ser introduzidas em um segundo momento, quando o intestino já estiver acostumado com a alimentação complementar, a fim de evitar a formação de gases.

É importante que os alimentos não sejam todos misturados, para que a criança consiga reconhecer o sabor individual de cada elemento do prato. O segredo está sempre na variedade de alimentos, texturas e apresentações. Às vezes, a criança pode não gostar muito de um legume no início, mas, se ele for apresentado de uma forma diferente (por exemplo, cozido ao invés de refogado), a criança pode aceitar melhor. As oleaginosas, como castanhas e nozes, devem ser trituradas para evitar o risco de engasgo. Já os ovos, se forem uma opção, devem ser bem cozidos, tanto a gema quanto a clara.

O que não pode ser oferecido antes de 1 ano de idade?

Mel (pelo risco de botulismo), açúcar e alimentos ultraprocessados, sal, leite de vaca e derivados, sucos, embutidos como presunto e mortadela, frituras e alimentos gordurosos, além de alimentos pequenos e duros como pipoca, amendoim, ovo inteiro e pedaços de cenoura crua, devido ao risco de engasgo.

Temperos naturais e frescos estão liberados. Portanto, devem ser evitados temperos prontos, com alto teor de sal e ingredientes industrializados. O ideal é usar temperos naturais e evitar o sal antes de um ano.

Dicas para as mamães

A primeira dica é ter paciência, pois cada bebê tem seu tempo de adaptação, seu momento de aceitação e seu ritmo para desenvolver a autonomia e a curiosidade pela alimentação.

A segunda dica é permitir a bagunça. Brincar com a comida faz parte do aprendizado, e a criança pode jogar comida no chão ou mexer bastante com ela antes de levá-la à boca. Essa bagunça é normal, é permitida e faz parte do processo de aprendizado, além de estimular a curiosidade pelos alimentos.

Variar os alimentos, oferecendo diferentes texturas, cores e sabores, vai estimular o paladar do bebê. Sempre opte por alimentos saudáveis, evitando comidas gordurosas, industrializados e ultraprocessados, e priorize o mais natural e saudável possível.

Fazer as refeições em uma mesa compartilhada com toda a família é uma boa prática, pois a criança aprende pelo exemplo. Isso é muito importante e deve ser adaptado à rotina de cada casa.

Outra dica importante é não forçar os alimentos. Quando oferecemos um alimento à criança e ela rejeita, forçar pode resultar em uma maior aversão ao alimento em outra oportunidade. O objetivo é que a refeição seja um momento prazeroso.

A refeição deve ser um momento positivo e sem pressões. Além disso, é importante cuidar da oferta de ferro, garantindo que o bebê ingira carnes e, posteriormente, feijão e vegetais folhosos de folhas verdes escuras, como espinafre, mostarda, escarola e couve. Também é essencial prestar atenção na hidratação, pois muitas vezes nos esquecemos de oferecer água ao bebê. Desde a introdução das frutinhas aos seis meses, devemos oferecer água, pois ela faz parte do início da alimentação complementar.

Amanda Kimberlly encanta web com reações de Helena à introdução alimentarHelena, filha de Neymar – Reprodução/montagem Instagram