O atacante sueco Zlatan Ibrahimovic será, na próxima semana, uma das estrelas do famoso festival de música de San Remo, na Itália. O tradicional evento ocorrerá de terça-feira, dia 2 de março, a sábado, dia 6. O curioso é que neste período ele terá dois jogos com o Milan pelo Campeonato Italiano. O primeiro contra a Udinese, no dia 3, e depois diante do Verona, no dia 7.

O sueco estará no palco todas as noites do festival, exceto na quarta-feira, quando voltará a Milão para o jogo contra a Udinese. Está previsto, inclusive, um dueto do atacante com o técnico do Bologna, Sinisa Mihajlovic. Para isso, o Milan preparou uma força-tarefa para que o atacante de 39 anos consiga conciliar treinos e jogos com a presença no festival de San Remo.

Segundo o Milan, o sueco “treinará terça-feira, sexta e sábado” em San Remo e “será seguido por um treinador colocado à sua disposição pelo clube”. Na quarta, o atacante retorna ao Milan para o jogo daquele dia contra a Udinese. No dia seguinte, também treinará com os companheiros antes de retornar à noite para San Remo.

Os jogos diante da Udinese e do Verona são de extrema importância na luta pelo título. O Milan é o segundo colocado com 49 pontos, quatro atrás da arquirrival Internazionale. O Milan está ciente e concordou com essas obrigações extracampo de Ibrahimovic desde agosto, quando ele renovou o seu contrato com o clube. Haverá uma logística especial para as viagens que o sueco realizará entre as regiões da Lombardia e da Ligúria, que são separadas por cerca de 300 quilômetros.

“Ele vai perder alguns treinos, mas estará nos jogos. Se há um campeão capaz de lidar com essa pressão, com certeza ele é. Penso, inclusive, que isto vai aumentar a sua determinação e motivação para ajudar a equipe”, tentou amenizar o técnico Stefano Pioli diante de uma enxurrada de críticas.

Fabio Capello, ex-técnico do Milan, está entre os críticos de Ibrahimovic. “Ser um profissional que quer transmitir seriedade e comprometimento é uma contradição, na minha opinião. Eu nunca o deixaria viajar, ele é pago pelo clube e por isso deve ter respeito pelo time e pela torcida”, disse. Arrigo Sacchi, também ex-técnico do time de Milão, colocou a culpa no sueco. “A equipe vem em primeiro lugar, sempre”, afirmou.