O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) minimizou em comunicado o fato de as áreas de Sépia e Atapu não terem tido ofertas no megaleilão de petróleo realizado nesta quarta-feira. A entidade, que representa as petroleiras nacionais e estrangeiras, avalia que os resultados do leilão – que teve ágio zero – indicam que o setor segue confiante e empenhado em investir no país.

“O fato de dois blocos não terem sido leiloados não reduz a importância do resultado desse certame. Trata-se do primeiro leilão deste tipo no mundo (por ofertar grandes volumes já descobertos, o que reduz o risco e o torna sem precedentes) e o bônus é elevado até mesmo para companhias de classe mundial”, afirma uma nota do IBP.

Segundo o IBP, o bônus estimado inicialmente – de R$ 106 bilhões – e o valor que se confirmou no leilão é comparável a uma aquisição internacional de uma companhia de óleo e gás ou ao orçamento anual de uma grande petroleira global – na faixa de US$ 30 bilhões.

“O bônus de R$ 69,960 bilhões (arrecadado) supera o valor arrecado em todas as ofertas somadas já realizadas pela ANP desde a abertura do setor, no final dos anos 90. Essas áreas têm o potencial de gerar investimentos de mais de R$ 200 bilhões ao longo de seu desenvolvimento e irão se traduzir em tributos, empregos e geração de renda a médio e longo prazos no País”, destaca o IBP.

O IBP diz que “o setor segue confiante diante das transformações realizadas no Ppaís nos últimos anos, que asseguraram a retomada dos investimentos e o sucesso dos leilões de blocos exploratórios de óleo e gás”. Também ressalta o empenho do País para melhorar a regulação do setor, com medidas como a adoção de um calendário fixo de rodadas de licitação, adequação de regras de conteúdo local, a proposta do Novo Mercado de Gás e melhorias no campo fiscal