O Ibovespa em alta, retornando à marca dos 103 mil pontos é impulsionado por novidades sobre negociações entre Estados Unidos e China no âmbito da guerra comercial. Mais cedo, na abertura dos negócios em Nova York, o índice chegou a bater na mínima do dia, aos 101.414,44 pontos, impactado pelo mau humor global.

Às 11h16, o Ibovespa tinha alta de 1,50%, na máxima, aos 103.439,49 pontos.

Todas as blue chips operavam em alta forte, com destaque para as ações do setor financeiro com ganhos acima de 2%. Vale ON subia 3% e Petrobras, entre 1,52% (ON) e 1,77% (PN), era ajudada pela alta dos contratos futuros de petróleo.

A agenda esvaziada de indicadores econômicos no Brasil mantém o mercado doméstico flutuando em torno da tendência acionária tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Após o Escritório do Representante Comercial (USTR) americano divulgar comunicado informando que certos produtos serão removidos da lista de tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em bens chineses, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de setembro, houve reação imediata dos mercados em NY.

Isso influenciou positivamente o Ibovespa e o fez descolar da Argentina. O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos da Argentina, um seguro contra calote da dívida soberana e medida do risco-país, segue em alta e já embute probabilidade de 75% do default nos próximos cinco anos.

Antes das primárias de domingo, essa possibilidade estava perto de 40%, de acordo com operadores. Como comparação o CDS do Brasil embute chance de 2,2% de calote da dívida soberana, o do México de 2% e do Chile de 0,66%.

Internamente, também os resultados bem-sucedidos dos leilões para terminais portuários em Santos e Paranaguá animam os investidores.

Outro fator que pode cair positivamente, segundo analistas, é a possível aprovação da Medida Provisória 881, chamada da Liberdade Econômica, que deve ser apreciada na parte da tarde pelo plenário da Câmara.