07/02/2019 - 11:13
O Ibovespa ignora a influência externa negativa nesse início de pregão e recupera os 95 mil pontos, após a forte perda da véspera provocada, entre outros fatores, pela depreciação de quase 5% da Vale ON. A mineradora começou a sessão desta quinta-feira, 7, em queda de mais de 1%, uma das maiores da carteira Ibovespa, e sendo a ação mais negociada.
Do noticiário, o investidor segue atento a novidades sobre a reforma da Previdência. Pouco antes do fechamento deste texto, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) noticiou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que está “recebendo apoio de prefeitos e governadores” à reforma da Previdência. “Reforma que estamos pensando é mais abrangente”, disse. “Político vai se aposentar igualzinho outros trabalhadores”, garantiu Guedes. “Militares vão junto conosco na reforma, mas não na PEC”, disse.
Sobre a Vale, pesa negativamente a notícia de que a Polícia Federal identificou troca de e-mails que indicam que a empresa já sabia de problemas com sensores da barragem, em Brumadinho, dois dias antes do rompimento. Na quarta, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) confirmou ao Broadcast que a autorização da empresa para a barragem de Laranjeiras operar foi suspensa.
Laranjeiras faz parte da mina de Brucutu, a maior da Vale em Minas Gerais. No pré-mercado em Nova York, o American Depositary Receipt (ADR) da Vale opera em queda moderada (-0,88%) depois de cair 6,19% na quarta. O Morgan Stanley cortou a recomendação do ADR da Vale de compra para neutra.
O secretário estadual da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta que se puder privatizar a Sabesp, o preço pode chegar a R$ 20 bilhões. “Mas é o mercado que precifica”, disse Meirelles em evento em São Paulo. “Vamos melhorar a governança da Sabesp, capitalizar a empresa e ter o mínimo de capital estatal na companhia”, afirmou.
Às 10h39, o Ibovespa subia 0,97% aos 95.553,97 pontos. A Vale ON caía 0,74%. A ON da Sabesp perdia 0,22%. O dólar à vista subia 0,42% aos R$ 3,7210.
