29/11/2019 - 12:04
O Índice Bovespa enfrenta instabilidade desde a abertura dos negócios, alternando altas e baixas, influenciado pelo dólar e pelas bolsas de Nova York. O índice chegou a subir 0,39% na máxima do dia, mas nos últimos minutos renovou mínimas, ameaçando perder o patamar dos 108 mil pontos.
A liquidez é reduzida, principalmente pela menor participação do investidor estrangeiro, uma vez que nesta sexta-feira, 29, o mercado de ações americano opera em período reduzido.
A queda é influenciada principalmente pelas ações de commodities, com alguma contribuição de papéis de bancos, que desde ontem enfrentam volatilidade, depois das iniciativas do governo para reduzir a cobrança de juros no setor.
Às 12h48, o Ibovespa tinha 108.040,06 pontos, em baixa de 0,23%.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta manhã que mudanças sobre juros do cheque especial não foram feitas “no canetaço” ou sem diálogo. Ele acrescentou que, a pedido do Banco Central, as instituições financeiras deverão informar se baixaram mesmo as taxas cobradas dos correntistas. “Acho que foi bom o anúncio do juros, né?! 8% ao mês”, questionou.
As companhias de alimentos operam em alta na Bolsa, após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, dizer que o preço da arroba do boi gordo, que em São Paulo teve aumento real de nada menos que 35% em um mês, não vai mais retornar ao patamar anterior.
Em análise, a Criteria Investimentos explica que a tendência de alta deve continuar nos próximos dois anos. Há pouco, as ações ON de JBS subiam 0,42%, Marfrig ON expandia 0,56% e BRF ON acelerava 1,52%, neste caso, em meio a perspectiva de elevação no consumo de frango, principalmente no mercado interno, devido a alta da carne.