Influenciado pelo mau humor dos investidores no exterior, que monitoram de perto o ritmo de arrefecimento global, o Ibovespa passou o dia no vermelho. No entanto, minutos antes do encerramento da sessão de negócios desta segunda-feira, 21, conseguiu algum fôlego para defender os 96 mil pontos (96.009,77), em leve baixa de 0,09%, e ainda levar o índice futuro para o positivo – 96.555 pontos, em alta de 0,28%.

“Hoje sentimos a materialização de problemas já esperados, como as dificuldades do Brexit e o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que reforçou a percepção de desaceleração. Isso pesou lá fora e por aqui também”, afirmou Nicolas Takeo, analista sênior da Socopa. O Ibovespa reagiu negativamente durante todo o dia, seguindo os mercados acionários europeus e também os índices futuros em Nova York, que funcionaram neste dia de feriado americano.

Os investidores também monitoraram questões políticas. Há uma série de expectativas a respeito da apresentação na cena internacional do presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial. Aliado a isso, os agentes aguardam mais detalhes sobre o projeto de reforma da Previdência, que deve ser entregue ao Congresso após a eleição das presidências da Câmara e do Senado.

Takeo afirma que o mercado local já antecipou muito da reforma da Previdência e agora aguarda coisas mais concretas. Ainda assim, nota, o risco país medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos chegou a ser negociado a 171 pontos nesta segunda-feira ante 172 pontos na sexta-feira, de acordo com cotações da IHS Markit. “Questões políticas pesam, como notícias desencontradas e aquelas que podem abalar o capital político para a aprovação da reforma, mas o CDS já está em um patamar baixo, apontando redução de prêmio de risco.”

Entre as blue chips, destaque para Petrobras, que subiu 0,48% (ON) e 0,51% (ON) e Vale ON, com alta de 0,95%. O bloco financeiro encerrou o dia todo em baixa, liderado por Bradesco PN (-1,15%).

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