O entendimento dos investidores de uma postura mais suave do Federal Reserve (Fed) no ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos impulsionou o Ibovespa a tocar o patamar dos 85 mil pontos perto do fim do pregão desta quarta-feira, 21. Mas perdeu a força e acabou fechando em alta de 0,97%, aos 84.976,58 pontos e giro financeiro de R$ 11,1 bilhões. De acordo com analistas, só não subiu mais durante o pregão porque ainda havia um sentimento de cautela com as expectativas em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Durante o pregão, o Ibovespa atingiu a máxima aos 84.936,32 pontos, assim que o Fed anunciou a alta de 0,25 ponto nos Fed Funds. Mas reduziu o ritmo de ganhos e ficou operando de lado durante o discurso do presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell. “Os sinais são de que a economia americana está saudável e forte e isso é um bom sinal para o mundo. Os Estados Unidos indo bem, o mercado mundial cresce junto”, disse Shin Lai, analista da Upside Investor Research.

Na avaliação de Lai, a boa perspectiva para a atividade dos Estados Unidos também contribuiu para a alta dos setores de energia. Os contratos futuros de petróleo subiram em torno de 3% assim como os índices de metais. O minério de ferro já havia fechado com valorização de 0,46% no porto de Qingdao, na China. Por aqui, as ações da Petrobras ON e PN fecharam com ganhos de 3,80% e 4,11%, respectivamente. Vale ON subiu 2,16%.

Na leitura de analistas, a indicação de que o ciclo de aperto monetário nos EUA tenha ficado mais longo – ou mais suave – melhorou o cenário de incertezas que vinham desde o mês passado. Ainda assim, ressaltam, há uma divisão igualitária entre os integrantes do Fed.

Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, lembra que também pesou negativamente hoje sobre as decisões de negócios o fato de a ministra-chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ter marcado para amanhã, quinta-feira (22), o julgamento de mérito do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista tenta evitar a prisão após julgados os recursos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o que acontece na próxima segunda-feira, dia 26.

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