Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa buscava a quinta alta seguida nesta quinta-feira, impulsionado principalmente por ações da Petrobras, que renovaram máximas históricas, embora movimentos de realização de lucros na bolsa paulista dificultassem a manutenção dos 114 mil pontos.

Às 11:46, o Ibovespa subia 0,24%, a 113.984,21 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 114.375,45 pontos. Na mínima, a 113.581,95 pontos. O volume financeiro somava 6,5 bilhões de reais.

Em agosto, o Ibovespa caiu em apenas duas sessões (dias 1 e 11), com a alta acumulada no mês até a véspera superando 10%, o que explica alguns “respiros”, conforme afirmou um gestor à Reuters.

Parte relevante do rali recente no pregão paulista tem sido atribuído à perspectiva de que o Banco Central encerrou ou deve concluir em breve o ciclo de alta da taxa básica de juros.

Investidores também seguem atrás de sinais sobre os próximos passos BC dos Estados Unidos, após documento divulgado na véspera criar expectativa de que o Federal Reserve poderia reduzir o ritmo da alta do juro na próxima reunião, em setembro.

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Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,13%, com dados econômicos no radar, incluindo queda nos pedidos de auxílio-desemprego.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN subia 1,37%, a 33,21 reais, e PETROBRAS ON avançava 1,32%, a 36,81 reais, beneficiadas pela alta do petróleo no exterior, embora distante do melhor momento, quando renovaram cotações recordes intradia. O Brent, referência usada pela companhia, tinha elevação de 2,43%.

– VALE ON tinha variação positiva de 0,13%, a 68,32 reais, sem fôlego para se recuperar da perda de 2,5% na quarta-feira. De pano de fundo nesta sessão, os preços do minério de ferro caíram em Dalian, na China, mas o contrato futuro negociado em Cingapura subiu. CSN MINERAÇÃO ON recuava -2,74%, após alta de 4,4% na véspera.

– ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,11%, a 27,32 reais, enquanto BRADESCO PN mostrava estabilidade, a 19,75 reais.

– AMERICANAS PN caía 2,88%, a 13,83 reais, em sessão mais negativa para ações de comércio eletrônico, com MAGAZINE LUIZA ON perdendo 2,24% e VIA ON cedendo 0,29%, após pregões mais positivos para o setor recentemente, principalmente para Magalu e Via.

– NATURA&CO ON valorizava-se 4,12%, a 14,9 reais, em sessão de ajustes, após sofrer na esteira da divulgação do resultado do segundo trimestre. Desde a divulgação dos números até a véspera, o papel caiu mais de 10%.

– POSITIVO ON avançava 3,26%, a 10,76 reais, ampliando a alta em agosto, ainda embalada pelo resultado na semana passada, além da perspectiva para o segundo semestre. O papel também está entre os que se beneficiam da perspectiva de que o ciclo de alta dos juros no Brasil pode ter acabado ou está próximo do fim.

– MRV ON recuava 4,62%, a 10,520 reais, em sessão mais negativa para o setor de construção civil, com o índice do setor imobiliário, que também inclui papéis de shopping centers, registrando declínio de 0,87%.

– YDUQS ON caía 3,32%, a 12,81 reais, acentuando para cerca de 19% as perdas desde a divulgação do balanço do segundo trimestre no começo da semana. Na ocasião, analistas do Citi destacaram em relatório que a decisão da empresa de não fornecer projeções para captação e valores de mensalidades no segundo semestre pode sugerir um ambiente operacional ainda incerto.

– MERCADO LIVRE perdia 1,8%, a 979,90 dólares, em Nova York. A maior empresa de comércio eletrônico da América Latina anunciou nesta quinta-feira a criação de uma criptomoeda chamada MercadoCoin, que será implementada como parte de um programa de fidelidade de clientes da companhia.


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