A produção das indústrias extrativas foi o destaque do setor industrial no primeiro semestre do ano e repetiu a dose em junho. Na comparação com maio, as extrativas puxaram o crescimento da indústria (0,1%) para cima, com um crescimento individual de 2,9%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, foram as produções de petróleo e minério de ferro que sustentaram essa alta das extrativas em junho. Em maio, as indústrias extrativas já tinham crescido 1,4% na margem. Também no ano a atividade acumula alta de 5,8% e, em 12 meses, um crescimento de 1,2% na produção.

“A melhora na produção da indústria no ano tem relação muito clara com o setor extrativo, que exerce uma liderança em termos de crescimento, com destaque para minério de ferro e petróleo”, disse Macedo.

Dentro dessa categoria, o analista ainda destacou os resultados dos setores de alimentos, mais especificamente os produtos açúcar e os itens derivados da soja; e dos derivados do petróleo. “As demais categorias econômicas não fizeram esse movimento de melhora de ritmo durante o semestre, mesmo segmentos que fecharam com taxas positivas”, afirma.

De fato, no acumulado do ano, além de petróleo e minério de ferro, a produção industrial brasileira foi puxada por medicamentos (+11,1%), álcool e gasolina automotiva (4,3%) e carnes de suínos frescas ou refrigeradas, açúcar VHP e cristal e carnes de aves congeladas (2,5%).