Apesar da melhora dos resultados na margem, a indústria ainda registra um comportamento disseminado de queda na produção em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os 26 ramos investigados, 21 registraram retração em abril ante abril de 2015, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada nesta quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As maiores influências negativas foram das indústrias extrativas (-15,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,6%), puxadas pela menor fabricação de minérios de ferro, óleos brutos de petróleo, automóveis, caminhões, autopeças, veículos para transporte de mercadorias, motores a diesel para ônibus e caminhões e carrocerias para caminhões.

Outras contribuições negativas relevantes foram de metalurgia (-14,9%), máquinas e equipamentos (-12,1%), produtos de metal (-17,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-24,8%), outros equipamentos de transporte (-25,7%), produtos de borracha e de material plástico (-10,5%), produtos de minerais não-metálicos (-9,6%), outros produtos químicos (-6,6%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-12,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,7%), produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-2,0%) e móveis (-15,4%).

A indústria registrou redução na produção de 70,9% dos 805 produtos pesquisados em abril ante abril de 2015.

Por outro lado, a atividade de produtos alimentícios cresceu 12,3%, principal pressão positiva do indicador e resultado de melhores números na produção de açúcar cristal e VHP, beneficiada pela antecipação da safra de cana. Também evitaram uma queda maior da indústria brasileira na comparação anualizada os segmentos de bebidas (7,3%), celulose, papel e produtos de papel (5,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%).