IBGE: insegurança alimentar cai no Brasil e atinge 24,2% dos lares em 2024

PNAD mostra que cerca de 2,5 milhões de domicílios passaram por privação quantitativa de alimentos

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75,8% das casas brasileiras estão em segurança alimentar Foto: Freepik

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta sexta-feira, dia 10, a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua: Segurança Alimentar (2024). O estudo mostra que a proporção de domicílios com algum grau de insegurança alimentar no País recuou de 27,6% para 24,2% entre 2023 e 2024. O dado representa 2,2 milhões de lares a menos nessa condição. Dentro da porcentagem, 16,4% dos domicílios têm uma situação leve de insegurança alimentar, enquanto 4,5% estão em situação moderada e 3,2% vivem em uma condição grave. Por outro lado, 75,8% das casas brasileiras estão em segurança alimentar.

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A insegurança alimentar grave é considerada a forma mais severa de baixo acesso domiciliar aos alimentos. Com base nos resultados da PNAD, é possível afirmar que cerca de 2,5 milhões de domicílios passaram por privação quantitativa de alimentos. Segundo o estudo, essa privação atingiu os adultos, as crianças e os adolescentes das famílias. Existiu, portanto, uma ruptura nos padrões de alimentação nas casas e a fome esteve presente entre os familiares por, pelo menos, em alguns momentos do período de referência de três meses.

O cenário de fome foi ainda mais expressivo entre as casas que ficam nas áreas rurais do Brasil. A proporção de insegurança alimentar grave foi de 4,6%, o que representa 1,6% a mais do que na situação observada na área urbana (3,0%). Ao realizar um comparativo em relação aos resultados da PNAD Contínua 2023, a expansão do percentual de domicílios em segurança alimentar foi de 72,4% para 75,8%. Além disso, todos os níveis de insegurança alimentar apresentaram queda. A leve, passou de 18,2% para 16,4%. A moderada foi de 5,3% para 4,5% e a grave foi de 4,1% para 3,2%.

Entenda a classificação dos níveis de  insegurança alimentar

  • Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade;
  • Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre adultos;
  • Insegurança alimentar grave: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos também entre menores de 18 anos. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.