Rio de Janeiro – A depressão é uma das doenças mentais que mais atinge os idosos. De acordo com o IBGE, pessoas com idades entre 60 e 64 anos representam a faixa etária com maior proporção (11,1%), entre os 11,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a doença e este índice vem aumentando com o passar dos anos.
Idosos institucionalizados em asilos e casas geriátricas possuem uma probabilidade maior de desenvolver depressão, devido à mudança radical no estilo de vida, a necessidade de adaptação às novas regras de horários e atividades, convivendo com desconhecidos e longe da família, interferindo assim em sua autoestima, liberdade e sua identidade, diz especialista em envelhecimento Erika Moraes de Petta, Diretora Executiva da HelpCare Cuidador de Idosos RJ.
Portanto faz-se necessário bastante atenção aos sintomas, que podem variar em sua quantidade e intensidade. Entre eles estão
– Falta de energia
– Humor triste, ansioso ou sentimento de “vazio”
– Perda de interesse em atividades que antes eram consideradas prazerosas
– Irritabilidade ou agitação
– Esquecimentos
– Raciocínio lento
– Isolamento social
– Pensamentos de morte ou suicídio
– Distúrbios alimentares (Apetite aumentado ou falta de apetite)
– Alterações do sono (Sonolência ou Insônia)
– Dores de cabeça, costas e barriga
Muitas vezes os sintomas da depressão são confundidos com o envelhecimento “normal”. Ela pode ser confundida também com outras patologias, como por exemplo, as demências, por isso é extremamente importante que o diagnóstico seja realizado por um profissional capacitado, como geriatra, psiquiatra ou psicólogo.
O tratamento deve incluir terapia medicamentosa e psicoterapia. É bastante importante a reinserção do idoso no contexto familiar, promover relações sociais e afetivas, estabelecer para sua rotina atividades de estimulação cognitiva, uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos como hidroginástica ou caminhada.